REFLETIR É PRECISO, MUDAR É URGENTE!

Diante de algum fato, de alguma circunstância, como sempre faço, ponho-me a refletir. O que representará, no contexto social atual, para uma criança, para um pré-adolescente, para um adolescente, ou para um jovem mesmo, o conceito e a vivência de 'Pai'? Que será que responderão se lhes fizermos tal pergunta? É claro que um grande número, ainda e graças a Deus, dará respostas maravilhosas e amorosas a respeito de seus pais, mas é certo também que, infelizmente, um grande número, já, nos dará respostas que jamais gostaríamos de ouvir e torceríamos para que não fossem verdadeiras - "Eu não conheço meu pai!", "Eu não sei quem é meu pai!", "Meu pai não mora conosco; o que mora não é meu pai!", "Meu pai tem outra família, mas me busca para estarmos juntos de vez em quando!", "Meu pai está preso, porque é viciado e judiava conosco!", "Eu não sei do meu pai, pois há muito tempo ele foi embora e não deu mais notícias!"... Não são respostas terríveis? E não é certo que são verdadeiras?!

Até a algum tempo, costumo dizer que até o advento da televisão no Brasil, em 1950, vivíamos em lares com dificuldades, problemas, sim, mas sob a segurança e amor do pai, da mãe, dos irmãos. E o pai governava a família. Ríamos juntos, chorávamos juntos, rezávamos juntos... O lar era território sagrado, onde nos eram ensinados valores morais, sociais, éticos, limites, religião... Cada lar abrigava uma família.

Veio a televisão. Que empolgante! Que maravilha! Aos poucos, porém, no início (até mesmo pelo alto custo), disfarçadamente, começou a "ditar" normas de vida e de comportamento. E na empolgação, com o tempo correndo, ninguém se deu conta de que aquela coisa poderia ser "uma faca de dois gumes". E tudo foi mudando! No começo, devagarinho. E os valores, tão ricamente ganhados, foram se esvoaçando!... E a família que era unida começou a se tornar "fam-ilha"! Daí um tempo, cada um, dentro da mesma casa, uma "ilha" cercada de paredes e individualismo por todos os lados!

"Ilhas" se formando, valores e limites se pulverizando, rebeldia e desvalores se instalando, família se esfacelando, Deus sendo transferido do primeiro plano para o segundo... terceiro... quarto... até não fazer parte de nenhum mais, como estamos assistindo, com grande tristeza, nos dias de hoje. Que pena! Por que caminhos caminha o futuro do nosso tempo?!

O que intriga é pensar que um grupo tão pequeno possa comandar, das telinhas de todas as espécies que existem hoje, a população de uma casa, de uma cidade, de um estado, de um país, do mundo, e nada de reação contrária acontece efetivamente! Tudo pode, nada é errado, tudo se copia, tudo se incrementa... e quase todo o mundo aceita! E a "modernidade" vai seguindo inexoravelmente o rumo que lhe querem dar! Todo mundo "anestesiado", "enfeitiçado" e sofrendo horrores na pele, no corpo, na alma!...

As casas, antigos lares, vão se transformando apressadamente em apenas lugares onde moram pessoas! E como é que se pode "viver" num mundo de violências, vícios, consumismo,desamor, dores, ateísmo, insensibilidade, desperdício, total falta de respeito ao outro e até mesmo com a natureza?!

Se neste caos instalado Deus não for a Luz no fim do túnel, seremos mesmo, como diz São Paulo, "os mais miseráveis seres da face da terra", porque estamos negando que fomos criados à imagem e semelhança do Pai e convidados a ser santos como o Pai do Céu é santo.

Que Deus abençoe os pais e que o Espírito Santo lhes dê sabedoria, responsabilidade e os ajude a assumirem seus filhos, retomarem as rédeas de lares dignos, formarem filhos que saibam proceder como cidadãos, como futuros pais formadores do bem comum e de um estilo de vida Teocêntrico. Amém!

NEUSA RAMOS
Enviado por NEUSA RAMOS em 21/02/2018
Código do texto: T6260096
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