DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Sem fazer maiores indagações ou contestações a Bíblia Sagrada, em Gênesis, nos ensina que a mulher foi criada assim:

“Então, o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.

E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.”

“E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.”

Então desde o início o quão duro foi a vida da mulher.

No passeio pelos tempos buscamos na idade antiga a trajetória da mulher. A condição social e política da mulher na Grécia antiga se diferem largamente dos direitos conferidos aos homens de tal sociedade. Elas não eram consideradas cidadãs e, do mesmo modo, ocupavam uma posição de inferioridade social em relação aos indivíduos do sexo masculino. A elas cabiam às tarefas domiciliares e à procriação, isto é, o ambiente “natural” delas estava confinado ao lar, educando e gerando os filhos de seus maridos, sendo que, assim, elas deveriam ser subservientes aos seus cônjuges e lhe prestar total fidelidade.

A concepção de inferioridade da mulher em relação ao homem foi defendida por grandes pensadores da época, como o filósofo Aristóteles. Que defendia a superioridade do homem pela ordem natural colocando o homem livre num plano superior ao da mulher que sofreria de uma carência e maturidade de espírito.

Para se ter uma ideia do confinamento o lugar de uma mulher em casa onde viviam era um compartimento chamado “Gineceu” de onde só podia sair à rua acompanhada por escravos.

Na Roma antiga a mulher tinha um pouco mais de regalias, eram educadas para serem esposas e mães. Era responsabilidade das mulheres a administração da casa, dos escravos e a criação dos filhos. As mulheres mais pobres poderiam trabalhar ao lado de seus maridos.

Mas hipótese alguma poderia participar das decisões políticas. Além disso, deveriam ensinar suas filhas a arte de fiar, tecer e preparar a comida.

Estas referencias servem para visão o quão difícil foi a vida da mulher no planeta terra. A dependência do homem era tratada como “natural”.

No Brasil, as movimentações em prol dos direitos da mulher surgiram em meio aos grupos anarquistas do início do século 20, que buscavam, assim como nos demais países, melhores condições de trabalho e qualidade de vida. A luta feminina ganhou força com o movimento das sufragistas, nas décadas de 1920 e 30, que conseguiram no dia 24 de fevereiro de 1932, pelo decreto 21076 o direito ao voto no governo de Getúlio Vargas.

A partir dos anos 1970 emergiram no país organizações que passaram a incluir na pauta das discussões a igualdade entre os gêneros, a sexualidade e a saúde da mulher. Em 1982, o feminismo passou a manter um diálogo importante com o Estado, com a criação do Conselho Estadual da Condição Feminina em São Paulo, e em 1985, com o aparecimento da primeira Delegacia Especializada da Mulher.

08 de MARÇO

As histórias que remetem à criação do Dia Internacional da Mulher alimentam o imaginário de que a data teria surgido a partir de um incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York em 1911, quando cerca de 130 operárias morreram carbonizadas. Sem dúvida, o incidente ocorrido em 25 de março daquele ano marcou a trajetória das lutas feministas ao longo do século 20, mas os eventos que levaram à criação da data são bem anteriores a este acontecimento.

Desde o final do século 19, organizações femininas oriundas de movimentos operários protestavam em vários países da Europa e nos Estados Unidos. As jornadas de trabalho de aproximadamente 15 horas diárias e os salários medíocres introduzidos pela Revolução Industrial levaram as mulheres a greves para reivindicar melhores condições de trabalho e o fim do trabalho infantil, comum nas fábricas durante o período.

O primeiro Dia Nacional da Mulher foi celebrado em maio de 1908 nos Estados Unidos, quando cerca de 1500 mulheres aderiram a uma manifestação em prol da igualdade econômica e política no país. No ano seguinte, o Partido Socialista dos EUA oficializou a data como sendo 28 de fevereiro, com um protesto que reuniu mais de 3 mil pessoas no centro de Nova York e culminou em novembro de 1909, em uma longa greve têxtil que fechou quase 500 fábricas americanas.

Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas na Dinamarca, uma resolução para a criação de uma data anual para a celebração dos direitos da mulher foi aprovada por mais de cem representantes de 17 países. O objetivo era honrar as lutas femininas e, assim, obter suporte para instituir o sufrágio universal em diversas nações.

Com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) eclodiram ainda mais protestos em todo o mundo. Mas foi em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro no calendário Juliano, adotado pela Rússia até então), quando aproximadamente 90 mil operárias manifestaram-se contra o Czar Nicolau II, as más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra - em um protesto conhecido como "Pão e Paz" - que a data consagrou-se, embora tenha sido oficializada como Dia Internacional da Mulher, apenas em 1921.

Somente mais de 20 anos depois, em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade entre homens e mulheres. Nos anos 1960, o movimento feminista ganhou corpo, em 1975 comemorou-se oficialmente o Ano Internacional da Mulher e em 1977 o "8 de março" foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas.

Aqui leis protetivas à mulher foram criadas tais como da Licença Maternidade, Lei Maria da Penha, entretanto é preciso mais, inclusive com maior participação na política brasileira.

Na gestão de negócios, seja privado ou público, a mulher está assumindo papeis antes reservados somente aos homens, mas ainda carece de maior respeito na união sentimental, porque ainda os machos sentem-se donos da parceira, como se vivessem na idade antiga, e todos os dias a televisão mostra cenas de violência de ferimento à morte.

Destaco, para encerrar, a determinação da mulher quando persegue um objetivo, e louvo a mulher mãe que vejo pelas ruas carregando seu rebento nos braços, sob chuva ou sol, la estão elas nos ônibus, trens, metros. Além do filho a inevitável bolsa com as coisas do bebê.

PARABÉNS MULHER!

“MULHER - CHAMA INCONTIDA QUE FAZ GIRAR ESSE IMENSO CARROCEL CHAMADO VIDA.”

fonte Nova Escola