Da Janela de cada Um

Enquanto temos força para trabalhar, dia a dia, sol a sol, grito a grito, nos permitimos da zona de conforto, apenas palestrar aos outros; que tudo vai mal e que está errado da forma como conduzem, que esse Estado do qual fazemos parte, que esse governo, qual pode ter sido indicado por outros, não foi a escolha adequada para dirigir o que é nosso.

É obvio, que relatamos isso, cada um em sua camada, pois quem tem o seu emprego, quem é servidor público, quem é profissional liberal, quem é desempregado, expressa sua insatisfação da janela do seu mundo, que pode variar em tons de sensibilidade indo abranger os miseráveis. Porém, não devemos anotar isso como uma regra, visto que em exemplos no âmbito politico, hoje e normalmente indica-se um cidadão, cujo passado é obscuro e o presente é sem futuro. Jamais, excetuando as exceções, esse ser, eleito, que já não tem sensibilidade, irá ter uma visão da necessidade real ou aproximada do povo.

Quem cursou ou passou por uma Universidade ou Faculdade, quem tem ou se identifica com uma religião, ou até mesmo que se diz ateu, aí nos ensina a vida, de Stalin ao Estados Unidos; de Gandhi a homens, tão como muitos de nós, que se empenham em lutar por um estado de vida, cujo bem comum é a prioridade, cuja ideia é resolver qualquer contenda com civilidade, ou como diria os filósofos Gregos e romanos, para o bem do povo, estamos deixando muito a desejar.

Não obstante a tudo que se aprendeu e não se aplica, vale ressaltar, meus caros, que no nosso país, embora muitos contestem e vejam como solução o sangue nas mãos, não podemos ser partidários dessa mirabolancia, como saída pra esse caos.

A cada dia, por tudo o que se desconfiava e se tem a noção exata da realidade, na qual estamos mergulhados, podemos inferir, questionando o positivismos dessa Ordem ou Progresso, pois hoje soa com uma conotação pandega, visto que se estar mais para o quadro de Picasso, conhecido como “Guêrnica”, se não o de “Tiradentes” abrasileirando a coisa. É tanta coisa inóspita apropriadamente sórdida, que muitos de posses, estão deixando a terrinha e os demais perdendo a vida a cada segundo.

A porta aberta, para quem quiser ver, me perdoem os realmente conhecedores, bem sabemos agora, o quanto a politica influencia no desenvolvimento de uma nação. No Brasil de hoje e digo, desde os primórdios morre-se por falta de homens que levem a sério os seus ofícios. É só vislumbrar a confiança do povo e ter nas mãos o poder consubstanciado ao dinheiro, que tudo se perde. Oxalá, outro discernimento, pergunta-se por que não evidenciamos essa atitude nos outros países?...Temos uma serie de perguntas e outras respostas, em conjunto com achismos, que dizem os empíricos, pode ter um pouco de razão. Mas o que realmente seria a resposta?

Diante de tanta imagem em tela, em todo o país, essa lama, essas tornozeleiras, essa sensação de impunidade ou agora, punibilidade rasteira, advém de um sistema, que com certeza não veio para beneficiar a todos. E isso tudo aconteceu e acontece em todos os países. A diferença está no tratamento, no remédio para tal mal. O Brasil, desde quando se entendeu como terra descoberta vive as agruras de um sistema. Aí me vem a pergunta: “Os índios, que viviam aqui, como vislumbravam o território, no que se refere a dominar, qual democracia ou liberdade, é logico, na linguagem oficial da época.

No mundo pelo pouco que conhecemos visualizando o quadro de “O Estado sou eu”, diziam os absolutistas. Para tanto, tínhamos o Rei, o clero, a nobreza, burgueses e o povo. Por aqui não se mudou muita coisa, pois até os dias atuais vivemos tal semelhança. Ai, discutindo com um amigo, que me imputou a igualdade dos menos esclarecidos, por isso peço perdão pela ignorância e licença aos intelectuais, pra falar da janela que me cabe, que embora se fale em Black Block como solução, que embora ele defenda que tem que destruir os patrimônios públicos, que não são realmente nossos, segundo ele, que tem que fazer uma revolução, nesse ponto eu concordo, mas me coloco que pra ajudar a resolver essa revolução deveria ser com a ajuda de todos. Cada cidadão cuidando de sua responsabilidade social, os mais aculturados procurando ensinar ao povo, ou seja, e a educação na mão.

Acredito que cada qual se envolvendo e procurando fazer o seu trabalho adequadamente, conhecendo o seu papel, talvez o general francês não tivesse razão e o meu amigo, se renderia a ideia pacificas.

Com tudo o que se viveu nesses últimos dez anos, penso; o que será uma flor contra uma arma, ou essa nossa educação contra esse velho sistema ?...Assim, eu me atreveria dizer, que no Brasil a Independência, as Republicas, as “Diretas já”, a Democracia ou a liberdade é uma farsa. Tão como, justificar; “ já podeis a pátria filho ver contente a mãe gentil”, enquanto os negros morriam nas correntes.