MEU MALVADO FAVORITO "EU".

Sustentar quem de fato nós somos não é uma tarefa fácil. Normalmente e, infelizmente, para que possamos "sobreviver" em nossos ciclos de relacionamentos é necessário mascararmos nossa verdadeira essência. É aquela risadinha que damos quando deveríamos fechar a cara em sinal de reprovação. É um não que deveria ser sim e um sim no lugar do não. Ou seja, o nosso EU verdadeiro está quase sempre "vestido de roupas" que não cabem em nós. E, sejamos sinceros: ser nós mesmos em um mundo cada vez mais politicamente correto é muito complicado. Sabe por quê? Porque desde criança necessitamos de aprovações, sejam elas familiares, de amizades ou nos ambientes profissionais, precisamos sempre dos "sims" como respostas de auto afirmação. Talvez seja por isso, que o falso eu, costuma dá às "caras". Aliás, vale um adendo: A maioria de nós em nossos ambientes de trabalho, não nos relacionamos com pessoas, e, sim com os cargos e as posições hierárquicas que elas exercem. Então, por exemplo, quando estou diante do meu superior a tendência sou eu ser um tipo de pessoa. E, quando estou com a senhora da limpeza (se é que temos tempo para senhoras da limpeza), tendo a ser outra. Conclusão: Praticamente quase ninguém consegue ser 100% autêntico. Precisamos sempre das "máscaras" colocadas, pois, sem elas o nosso convívio social seria praticamente insustentável. O grande problema delas são que com o passar do tempo e, se não tomarmos cuidado, tais "fantasias" começam a ganhar forma das nossas reais personalidades revelando assim o nosso terrível e sinistro malvado favorito eu...

Danilo D
Enviado por Danilo D em 20/04/2018
Reeditado em 30/04/2018
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