OUTRAS DOENÇAS!

Caxumba, rubéola, sarampo, paralisia infantil, e outras, eram doenças (claro que ainda existem), que marcaram toda uma geração. Lembro-me de ter tido caxumba e minha mãe colocado um pano com um produto roxo a fim de poder sarar. Fora que diziam que descia para o (desculpem a expressão) saco, rs. Hoje, com o avanço da medicina, estas doenças estão bem mais controladas. Dificilmente se ouve falar de pessoas que contraíram ou morreram por causa delas. Na pós modernidade, época esta pela qual os estudiosos dizem estarmos vivendo, nossas "mortes" tem sido outras totalmente diferentes. Talvez, "embebecidos" pelas promessas do movimento iluminista que varreu a Europa e o restante do mundo no início dos séculos 17 e 18, e, juntamente ao positivismo, os seres humanos foram capazes de feitos inacreditáveis indo desde a corrida espacial, bem como a pratica de duas terríveis grandes guerras mundiais. Passamos a ser uma sociedade do *Hiper* . Somos hipercapitalistas, hiperclassistas, hiperpotencialistas, hiperideologicos, hiperreligiosos, hiperindividualistas, etc. E, na pergunta do filósofo *Gilles Lipovetsky*: O que mais precisamos para sermos ainda mais *hipers*? Com tudo isso, nossas doenças pela primeira vez não são mais as descritas acima, ou seja, bacterianas ou virais, mas, sim neuronais, emocionais e relacionais. Vivemos um tempo de pessoas estressadas, exaustas e ansiosas. De gente que vê no sexo, fama, dinheiro e poder, a razão de viver. Isso tem gerado pais, filhos, maridos, esposas, patrões e empregados, angustiados e doentes da alma. Faça um levantamento e veja a quantidade de jovens e crianças reféns de remédios controlados e de profissionais comportamentais para vc ter uma ideia. São muitos. Estamos na geração do: *quero mais, mas não sei para quê*. Parece que nada ou quase nada é suficiente. Sempre falta alguma coisa. Nossas "clínicas terapêuticas" são shoppings centers, cartões de crédito, consumimos e tudo mais. *C.S.Lewis*, famoso escritor, dizia que o nosso problema não são os nossos desejos. O problema é que a maioria deles são pequenos demais_

Danilo D
Enviado por Danilo D em 16/09/2018
Reeditado em 16/09/2018
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