Depressão

Nem sempre compreendida, motivo de discórdia familiar, por alguns considerada até “fricote”.

Tanto faz sofrer a todos!

Não é considerada doença por alguns pois não é palpável, é apenas sentida.

E, sabe Deus como!

A depressão é sentida quando não se sabe o que quer fazer.

A pessoa sente que não consegue movimentar-se.

Normalmente a pessoa pensa que está paralisada por estar deprimida.

Acontece exatamente o inverso.

Está deprimida por que não consegue movimentar-se.

O corpo do deprimido mostra isso.

Tem uma característica pesada, maciça.

Os movimentos são executados quase que mecanicamente, os gestos são pouco espontâneos.

O deprimido deseja desesperadamente sentir, mas nada o mobiliza.

A pele escurece, o rosto fica inexpressivo, os olhos tristes e quase não chora.

Quase sempre a depressão aparece quando existe uma perda.

Ou quando uma perda é lembrada intensamente, por qualquer razão.

A pessoa fica presa no objeto perdido e ao mesmo tempo nega a realidade da perda.

Naturalmente que se a dor não é liberada através da tristeza, fica ligada ao objeto perdido e ela não consegue estabelecer novas relações.

Quando entristece, a perda é reconhecida e aceita.

Na melancolia não.

A perda não é admitida.

Modifica o comportamento para não ter que admitir a perda.

Incorpora o objeto perdido.

A saúde acontece quando finalmente percebe que deve perder para achar, que está livre para comandar seu barco.

Quando não elabora a perda ou separação, não faz o luto necessário, quando reprime a reação instintiva a essa perda, está exposta à depressão.

Mal maior.

Recuperar o sentido da vida através do aumento do prazer é o tratamento.

Prazer é antidepressivo.

A perda do amor faz um estrago interno.

O tratamento da depressão deverá, portanto, objetivar a superação do estrago da perda do amor.

Todas as pessoas estão expostas à depressão.

Vivenciar as perdas faz-se necessário então.