OS SIMPSONS X IGREJA
Os Simpsons estão mais uma vez reunidos, agora em filme: garantia de risos e críticas à Bíblia
Diversão garantida segundo os críticos, há quem não veja nenhuma graça em Os Simpons – o filme, em cartaz desde o final de agosto nos cinemas brasileiros. No primeiro longa-metragem de Bart e companhia, a ordem é provocar risos e muita polêmica. Especialmente, em assuntos como ecologia, homossexualismo, comportamento e religião.
Com o mesmo humor politicamente incorreto dos 20 anos de desenhos animados, a história agora começa quando os membros de uma banda de rock morrem diluídos no poluído rio de Springfield durante uma apresentação. Alertado pela sempre engajada Lisa, a filha exemplar de Marge e Homer, o prefeito da cidade decreta que a limpeza deve ser imediata. Mas um acidente provocado por Homer e seu porco de estimação põe tudo a perder. A Casa Branca – conduzida por Arnold Shwarzenegger na animação – decreta Springfield a cidade mais poluída do país e determina que seja isolada por uma redoma gigante.
Mas essa trama é apenas um detalhe de tudo que acontece em Os Simpsons – o filme. Outras cenas nada inofensivas têm deixado até os evangélicos de cabelo em pé. Em uma delas, Homer aparece folheando uma Bíblia após o desmaio de seu pai. "Este não tem resposta nenhuma", resmunga o personagem. Noutra, o adolescente Bart sai andando de skate nu pela cidade, depois de um desafio do pai.
Apesar das reclamações e críticas, Matt Groening, criador da série, preferiu adotar o tradicional discurso "em time que está ganhando não se mexe", afinal, apenas no primeiro fim de semana em exibição nos cinemas dos Estados Unidos, o longa arrecadou quase US$ 80 milhões, superando outros blockbusters de sucesso, como Harry Potter e a Ordem de Fênix. "Nos Estados Unidos há sempre alguém disposto a fingir que está ofendido. Por isso, queremos entreter, mas também incomodar certos segmentos da audiência", diz Groening em um claro recado aos crentes mais ortodoxos.
Fonte: Revista Eclésia - Edição 119
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JDM