Uma mensagem de Paz

Olá caro amigo Wilson:

Antes de mais quero agradecer-te o teu comentário, ainda por cima vindo de alguém que diz não gostar dos Portugueses.

Wilson, não te parece que estando nós a viver a era da globalização e passados que estão tantos anos sobre o fim da colonização, que tu, felizmente, já nem viveste, que já é tempo de se colocar uma pedra sobre o assunto e procurarmos construir um mundo de paz e harmonia, onde há coisas bem mais urgentes a combater, como por exemplo a miséria em que muitas crianças vivem, a fraca assistência social daqueles que levaram uma vida inteira a trabalhar, a descriminação sexual, racial e religiosa que tantas e tantas guerras têm despoletado por esse mundo fora, e ainda continuam a gerar.

Wilson, nem tudo é mau, como nem tudo é bom, não pretendo colocar em causa os motivos que te levam a sentir tanta repulsa pelos portugueses, afinal falamos a mesma língua, temos gostos similares, poesia, boa escrita, amizade, reconhecimento pelo valor dos outros, isso sim é que é importante, deixemos os ódios e as guerras para quem tem o poder de promover a paz e faz o contrário.

Wilson, para felicidade daqueles que não tiveram a felicidade de nascer no seio de uma sociedade que se preocupe com essa mesma sua felicidade, preocupemo-nos menos com guerrilhas inúteis e reforcemos aquele abraço de solidariedade que os homens humildes teimam em trocar como forma de combater os poderosos que promovem a infelicidade alheia como forma de aumentar a sua riqueza material, esquecendo-se que na hora da morte, essa será a riqueza que menos pesa no julgamento final.

Amigo, poderemos levar uma vida de grande sensação de prazer, de bem viver, de riqueza, mas serão futilidades apenas, porque depois acabamos por sofrer, precisamente o que serve de tema ao meu livro “Morrer de Solidão” que estou a começar a dar a conhecer no recanto das letras, enquanto os mais humildes, aqueles que vivem para amar e ser amados, morrem felizes e rodeados de amigos.

Deixemo-nos de ódios, de sede de vinganças, preocupemo-nos é com o futuro que queremos dar aos homens e mulheres de amanhã.

Bem hajas amigo

FrancisFerreira