Freud ou Nietzsche?

Sigmund Freud e Friedrich Nietzsche foram sem sombra de duvidas duas figuras marcantes do século 21. Queiram ou não, gostem ou não deles, fato é que suas vidas impactaram e ainda impactam muitas pessoas até os dias de hoje. Freud era medico neurologista/psiquiatra. Nietzsche um filósofo alemão. O que ambos tinha em comum? Compartilhavam da mesma fé, ou seja, de que Deus não existe. O filosofo alemão era mais beligerante em sua critica fé a ponto de dizer que Deus estava morto, isto é, não fazia mais sentido crer nele. Só que Nietzsche tinha um dilema: Ok, “Deus está morto.” O que iremos colocar no lugar dele? Como iremos substituir a tradição cristã que ainda influencia significadamente nossa sociedade ocidental? Esse era o dilema do filosofo alemão, alias, de muitos hoje também contrários a fé cristã. No entanto, apesar de semelhantes no tocante a não crença em Deus, Freud era, a meu ver, bem mais coerente do que Nietzsche no tocante a responsabilidade dos seres humanos. Nietzsche dizia que a ideia de culpa e responsabilidade nasceu com a crença em Deus ou deuses e isso gerava medo nos seres humanos. Segundo ele, a medida que a religião desaparecesse as pessoas deixariam de crer em um Deus de julgamento, portanto, ocorreria um declínio em nossa sensação de culpa. Diferentemente dele, Freud dizia que a culpa é uma característica insubstituível de qualquer civilização e que nega-la seria um caos total na sociedade. Ele chamava a culpa de mal estar, uma forte sensação de desconforto de si, dos outros e da vida no geral altamente necessária. Embora nossa sociedade atual conceituada por muitos como secular tenha abolido palavras como: pecado, perdão e reconciliação, pois poderiam ser referir a alguma religião, nenhuma sociedade sobrevive sem culpa e responsabilidade. É por isso que Freud era nesse quesito melhor que Nietzsche. Infelizmente estamos vendo cada vez mais uma sociedade sem limites, culpas, responsabilidades e por que não dizer: sem pecados. Essa teoria de Nietzsche tem influenciado negativamente nossa geração (pincipalmente os jovens) que responsabilizam e culpam tudo menos a si mesmos. Enfim, vamos vê aonde iremos chegar (ou se iremos chegar) com tudo isso.

Danilo D
Enviado por Danilo D em 12/05/2021
Reeditado em 12/05/2021
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