São tantas...

“São tantas as estrelas que não vi

e muitas são as coisas que não sei.”

(“Bilboquê”, Ana Bailune)

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Uma tristeza vem dentro de mim

atormentando a vida, impiedosa:

eu amo Vênus, como eu amo a rosa,

e não me defini com quem, enfim,

irei viver o amor, que não tem fim

e está bem mais além do que eu sonhei.

Não sei quantas estrelas amarei

nem sei com quantas rosas me feri,

são tantas as estrelas que não vi

e muitas são as coisas que não sei.

Imaginava eu ter conhecido

a vida e as beleza de viver

mas uma gota apenas de saber

é tudo que eu almejo. Não olvido

o tempo de prazeres já vivido

e aqueles que eu queria e não vivi.

São tantas as estrelas que não vi

e muitas são as coisas que não sei

se inda terei na vida, se amarei

ou não terei, porque não conheci.