Um dia eu abrirei meus olhos

Em Frente ao espelho da vida,

E lá dentro você estará...

Assim como eu, você estará.

E então seremos iguais.

Indo em direção ao céu, porque?

Esbeiçar-se tanto por tão pouco...

E o vento sopra em meus ouvidos, silente.

Um Silvo, sereno, simples, sempre, só...

E lá está o Sol!

Nuvens lanosas deslizam sonhos

Surgindo conforme seu sono lasso,

E Vindo para Lenir almas-núvens

Lentas, leves, livres, largas, lá...

E alí, o mar!

Forte azul valsante, vibrante vai

Um verso desperso tão vasto, tão facil,

Falado, e sentido, e vivido, e sofrido, e chorado...

Mesmo quando belo, singelo.

Mesmo quando triste, enraivado.

Quanto sonho refletido!

Nauseada, os olhos fecho.

E no piscar despercebido,

Nuvens, Sol e Mar eu perco.