Eu bem canto o meu poema
de revolta e de alerta!
mas os surdos não me ouvem
mas os mortos não reagem
e os obstáculos não deixam
que as ondas do eco passem!
Eu bem grito o meu apelo
de justiça para todos!
Mas monstros devoram meus sons
e não há ninguém que venha!
E fico rouca, cansada
de cantar para tantos surdos
de lutar com tantos monstros.
Contudo, tenho esperança
que o eco esperte a indiferença
e que os mortos ressuscitem!
Por isso, sigo cantando
meu poema feito grito!