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Viajo nos instantes
Nessas dobras da alma
Que se arqueiam em delírio
Na estrada onde vou
Sou a consciência
Do todo
De tudo
Do nada
Sou linha transparente
Nesse céu que se apaga
Sou vereda aberta
Sou sertão e sou mar
Sou a verdade e o desvio
O precioso detalhe
Sou a inconsciência
No amanhã
No depois
E nesse paradoxo
Sou o sorriso óbvio
Nesse ritmo perfeito
Onde sonho e me deito
E eu faço e refaço
Infinitos caminhos
E eu coso e descoso
Meu secreto pudor.