CARRILHÃO DO TEMPO

Que horas são?

Eu nunca sei!

Eu apenas as questiono aos relógios...

Mas há ponteiros que se perdem no tempo,

E no afã de controlar as horas,

Desnorteiam o sentido.

Marcadores que são...só marcam o nada!

Porque tempo...é algo virtual.

O que nele consta...é só a vida!

E vida...é mero detalhe.

E qual os relógios...

Contamos os anos

Como quem checa as horas!

Que horas são?

Eu já disse que não sei!

Sou igual àqueles ponteiros,

Que giram zonzos,

E que sem destino...

Retornam ao mesmo lugar.

Sempre às mesmas horas...

De lugar nenhum.