Quantas vezes falei teu nome sem que me ouvisses?
Quantas vezes toquei teu corpo sem que percebesses?
Quantas vezes beijei teus lábios sem que sentisses?
Quanto tempo mais sofrerei a dor de tua ausência?
Tanto tempo é pouco tempo para esquecê-la,
Na minha memória congestionada por todas as vezes que penso em ti.
Vivo da promessa do homem que eu seria
Na esperança adormecida no sonho de seres minha.
Dói a saudade do que perdi,
Porém dói muito mais a falta do que não cheguei a ter.
Perder o que não se teve é como engravidar-se de vento,
Parir desilusão.
Estou escrevendo o fim de nossa história,
Sem “era uma vez”, sem “felizes para sempre”.
Um patético deprimente
Caso de amor que não aconteceu.