GRILHÕES DO PODER

Hóspedes inquietos,

Náufragos da verdade,

Ostentam a realeza,

Na pujança do saber.

Tricotam o vazio das palavras,

Tecendo confusas tramas,

Escravos do seu próprio ser.

Tolhem a liberdade humana,

Dizendo-se donos do poder.

Mal sabem que esse fascínio pueril,

Constrói apenas vastos grilhões,

Tatuando com escuras manchas

A história, já tão acidentada,

Desse indefeso povo varonil.