ImpostoDeHonra-ChicoDoCrato-LeandroGomesDeBarros

ImpostoDeHonra-ChicoDoCrato-LeandroGomesDeBarros

ImpostoDeHonra-ChicoDoCrato-LeandroGomesDeBarros

(#ChicoDoCrato65anos em #Terça17agosto2021)

https://www.recantodasletras.com.br/letras/7325103

https://www.recantodasletras.com.br/audios/cancoes/96159

Contato cdc.chicodocrato@gmail.com ou Chico_crato@hotmail.com whatsapp 71 992028988

ChicoDoCrato- Música, Voz, Violão, sintetizador, efeitos, arranjo, mixagem e adaptação do cordel de Leandro Gomes de Barros de 1930 e adapatado para o governo do #BolsonaroGenocida em 2021

AosMeusfilhos, Manuel(Oceânografo), Rodrigo(Logística)minhanetinhaValentina, Rafael(Agrônomo)MinhaNetinhaMariaIsadora.

Audacity 000 Rítmo 000+50 em Mí+ redutor. Gravação Caseira-A Gravar em Estudio

O velho mundo vai mal.

E o governo danado

Cobrando imposto de honra

Sem haver ninguém honrado.

E como se paga imposto

Do que não tem no mercado?

Procurar honra hoje em dia

É escolher sal na areia

Granito de pólvora em brasa

Inocência na cadeia

Água doce na maré

Escuro na lua cheia.

Agora se querem ver

O cofre público estufado

E ver EM BRASILIA (no Rio de Janeiro)

O dinheiro armazenado?

Mande que o governo cobre

Imposto de desonrado.

Porém imposto de honra?

É falar sem ver alguém

Dar remédio a quem morreu

Tirar de onde não tem

Eu sou capaz de jurar

Que esse não rende um vintém.

Com os incêndios da Amazônia (alfândega)

Como sempre tem se dado

Dinheiro que sai do cofre

Sem alguém ter o tirado

Mas o empregado é rico

Faz isso e diz:

Sou honrado. Dizia Bolsonaro (Venceslau Brás)

Com cara bastante feia

Diabo leve a pessoa

Que compra na venda alheia

O resultado daí

É o freguês na cadeia.

Ora o Brasil deve ao FMi ( França)

Mas a dívida não foi minha

Agora chega OUTROS ( Paris)

Tira o facão da bainha

E diz: – Quero meu dinheiro

Inda que seja em galinha.

Seu fulano dos anzóis

Entrou e meteu o pau

Pensou que tripa era carne

E gaita era berimbau

Vai cobrar desse, ele diz,

Quem paga é seu....( Venceslau.)-'

Disse PAULO GUEDES (Hermes da Fonseca)

Eu não tinha nem um x.

Mas achei quem emprestasse

Tomei tudo quanto quis

Embora tivesse feito

A derrota do país.

Disse O MINISTRO DA GUERRA (Pandiá Calógeras):

– Há um jeito de salvar

Cobre-se imposto de honra

Que ver dinheiro abrejar.

Disse o ministro (Brás): – Ninguém tem honra,

Como se pode cobrar?

Apareceu um aparte

Do MINISTRO DA JUSTIÇA ( Rivadávia Correia):

Não tem aqui entre nós

Devido à cousa está feia

Não acha-se no senado

Procura-se na cadeia.

O GENERAL DO EXERCITO ( major Deocleciano)

Disse da forma seguinte:

Na cadeia DE BRASILIA (do Recife)

Eu tive um constituinte

Entre ele e outros mais

Inda se pode achar vinte.

Disse o DR PAZZUELLO (Dr. Rivadávia):

Eu fiz doutor de 60

Dei carta aqui a quadrado

Que não escreve pimenta

Tem médico que receitando

Procura o pulso na venta.

Porém na minha algibeira

Sessenta fachos ficaram

Embora tenha saído

Mais burro do que entraram

Dei diploma a criaturas

Que nem o nome assinaram

E este imposto de honra

Está nas mesmas condições

Tira-se bom resultado

Onde houver muitos ladrões

Até mesmo a meretriz

Levará seus dez tostões.-----

Ela pagando imposto

Pode provar que é honrada

Tendo uns oito ou nove erros

Isso não quer dizer nada

Passa por viúva alegre

Ou COMO meia casada.

Qualquer ladrão de cavalo

Paga o que for exigido

Porque dessa data cru diante

Não rouba mais escondido

Com o talão do imposto

Não o prendem é garantido.

Pelo menos eu conheço

Um tal DE Chico QUE DISSE (Galinheiro)

Que disse: – Eu pago imposto

Também quem tiver poleiro

Nunca mais há de criar-se

Nem um pinto no terreiro.

Disse Marocas de todos: –

Oh! Cousa boa danada

Eu compro um vestido preto

E grito: – Rapaziada

Meu marido não morreu

Mas eu? sou viúva honrada.

Pago o imposto de honra

Boto no bolso o talão

E grito no meio da rua

Se aparecer um ladrão

Que diga: – Não és honrada

Veja se eu provo ou não.

Esses diabos que hoje

Me chamam Marocazinha

Quando eu pagar o imposto

Me tratam por sinhazinha

Se for de tenente acima

Chamam dona Maroquinha.

Disse um zelador da noite: –

O imposto não é mau

Foi uma lembrança ótima

Aquela do LALAU (Venceslau)

O diabo é se o talão

Não livrar ninguém do pau.

Se a cousa for como eu penso

E não tiver seus conformes

Nós operários noturnos

Teremos lucros enormes

Cada cobrador por noite

Nos rende dois uniformes.

Dormindo o dono da casa

Dar-se a busca no quintal

Inda a polícia chegando

Não pode nos fazer mal

Pois nós pagamos imposto

Ao governo federal.

Disse um passador de cédula:

Ai eu não sei o que faça

Se quem pagar o imposto

Puder passar cédula falsa

Com uma eu pago o imposto

Sai-me a receita de graça.

Disse Zé Frango: – Esse imposto

Chegando eu tenho que pagá-lo

O pago com sacrifício

Mas também tenho o regalo

Quem me chamava Zé Frango

Há de chamar Zeca Galo.

Dizia João caloteiro: –

Está muito bem isso assim

Benza-te Deus Bolsonaro ( Venceslau)

Deus te ajude até o fim

Eu hei de ver se o comércio

Ainda cobra de mim.

Tem dia que lá em casa

Eu desespero da fé

Ouço baterem na porta

Vou abrir e ver quem é

Acho na porta escorado

O caixeiro do café.

Antes de desenganá-lo

Chega o danado da venda

O sapateiro de um lado

E o turco da fazenda

O recado do açougue

A velha cobrando a renda.

Nisso chega outro diabo

Com um recibo na mão

Antes de chegar, pergunta

Se eu tenho dinheiro ou não.

Ou o dinheiro ou a chave

Manda dizer o patrão.

Eu pagando esse imposto

Fico disso descansado

Quando um bater-me na porta

Digo puxe desgraçado

Eu pago imposto de honra

Não sou desmoralizado.

BIS

Embora roube de alguém

O imposto hei de pagar

Mas todo mundo já sabe

Na bodega que eu chegar

Nem pergunto pelo preço

É só mandar embrulhar.

ChicoDoCrato e Leandro Gomes de Barros
Enviado por ChicoDoCrato em 20/08/2021
Reeditado em 20/08/2021
Código do texto: T7325103
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