visitando o mistério

Publicado por: Francisco Coimbra
Data: 17/01/2007

Créditos

voz e texto: FC
Dia 1
entretexto
01-01-2007 7:21:56
Encontro este prazer na ponta dos dedos, as palavras:

ervas verdes saindo da terra
como cabelos 

Isto deve ser poesia, penso - sem a interrogação desnecessária?
Vou viajar, ontem escrevi esta palavra e não era eu, era um narrador e o narrador era eu?
Atiro as palavras como um aborígene australiano, busco o efeito boomerang!
Dou por mim a pensar a palavra "boom", decido ir dormir.
Apeteceu abrir o dia 1 antes de ser dia..., fica aberto.
 
01-01-2007 15:43:25
Há muito tempo que não acordava e ficava a olhar para o teto como quem tenta reconhecer um espaço conhecido!

15:43:25
07:21:56
08:21:29 - tempo entre textos 

Dia 4
Um lugar de redenção “CORPOS SEM SOM”, chegou hoje às minhas mãos.

«A poesia, se não for o lugar onde o desejo ousa fitar
a morte nos olhos, é a mais fútil das ocupações»
Eugénio de Andrade

Passado este Pórtico, à simples profunda e bela epígrafe, sucede-se:
PREFÁCIO

«os adjectivos laçados nas suas características próprias duma alma inconformada na procura de caminhos onde busca a sua essência na poesia»,
«os corpos e os jogos dos sentimentos rebolam»,
«perdure a vida na árvore da amizade e que se escreva nas suas folhas»,
Ana Mª Costa 
http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=4060

Na última página um Índice indica o livro dividido em três partes, sem contarmos com o Prefácio temos: Estilhaços, Caminhos, Retratos.
Estilhaços com 24 poemas,
Caminhos com 22 poemas,
Retratos com 33 poemas;
CORPOS SEM SOM tem 79 poemas.
Retratos termina com SIMPLESMENTE de 20 versos, Estilhaços começa com IDA E VOLTA de 7 versos.
Todos os poemas, deitados na horizontalidade, são estâncias únicas. Uma só excepção confirma a regra: DIANA, em Retratos, está dividido em três estâncias – autonomizadas com títulos individuais – 1º ACTO/ 2º ACTO /3º ACTO.
Agora podia começar a ler cada poema, um a um, como um vício...
A poesia é daqueles vícios onde se apura a sensibilidade e a carência é um desejo de Beleza vindo ao mundo às vezes pelos fundos, larvar, imunda, indizível, satânica, momento de pânico ou abandono ao abandono, realidade sem dono, deus morto, Deus com_posto, a Poesia é gosto.
Gosto da poesia da autora, Mónica Correia. 
http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=9576

É uma poesia simples, sem vícios explícitos, não cultiva o exagero, vive da contenção. A palavra surge como se viesse dizer desde o primeiro verso até ao último: «O papel suporta as enfermidades», «Eu simplesmente vivi».
A nós, leitores, não nos pede nada, a não ser que saibamos ler e procurar nas entrelinhas. Linha a linha…
«
IDA E VOLTA

O papel suporta as enfermidades
das mãos que comprimem as palavras.
A tinta expele a vida que transborda
por entre as linhas pautadas de tudo.
É esta a história que escrevo...
Marco na areia dos sentidos
os passos desorientados de ida e volta.
»
Claro, por nossa conta e risco, a leitura cada um a faz. «Uma estrelinha que o guie»…, parece dizer cada verso, para cada leitor.
Eu que da Poesia gosto como uma das Belas Artes, uma Arte Plástica feita de nós na voz que como um canto nos toca e transcende em espanto, leio-a como quem nela encontra um veio mineral, visceral da Terra, do lugar do corpo que habitamos.

POR MINHA CONTA E RISCO

«O papel suporta as enfermidades»
acrescento ao mundo viver sensibilidade
«das mãos que comprimem as palavras.»
a tua que actua com a minha e é a sua
«A tinta expele a vida que transborda»
experiência de estar viva len_ta_
«por entre as linhas pautadas de tudo.»
_mente desactivada de pensar
«É esta a história que escrevo...»
antes das nove da manhã...
«Marco na areia dos sentidos»
ou depois da meia-noite
«os passos desorientados de ida e volta.»

CONTA E RISCO

acrescento ao mundo viver sensibilidade
a tua que actua com a minha e é a sua
experiência de estar viva len_ta_
_mente desactivada de pensar
antes das nove da manhã...
ou depois da meia-noite

Ainda é cedo, o Correio chegou cedo; amei!
Gosto de ser brasileiro para dizer as coisas assim...
Assim

Conta e Risco ou Depois da Meia Noite, acabei agora:
04-01-2007 11:58:08

DUAS VEZES

Já nem me dou ao trabalho de ler duas vezes
agora sou igual aos deuses abandonados
faço milagres ignorados e ignaros
transformando minha sombra
em fumo e sou um fogo
que deixo a_pagar 
minhas duas
ou três...
faltas

1
uma
que ainda
tenho por não
ter dito logo isto...

2
duas:
distinções
distintas
tintas...

3
três,
quantas
as contas que
deus fez?...

4
quadras
tantas quantas
individuais
versos...
F

Dia 5
sob o signo da pressa
A minha presa aqui a deixo, presa no seu habitat natural: a escrita.
Ontem escrevi e imaginei/criei texto(s), vou montar o cenário:
Em Dia 5 aqui, fica_ria...

I
poesia-acto (teoria literária)
Manuscrevi, tipo prazer onanista que se faz à mão, dando a mão à coisa que é a escrita que se deixa fazer e nos dá o prazer que tem, nos segreda e em nós segrega: poesia-acto! Qualquer coisa... do acto, o acto do ar... o do_ar-se da palavra singular na sua pluralidade ou outra realidade... que é esta ou seja... s_eu dizer!
Mais uma "crónica poética"... pôr na grafia a pornografia da leitura  no  envolvimento com a escrita. Desta feita, feita como “teoria literária” (a pose dum teor para a prática)  nu  puro gozo da ter!

entorno...

pode não se notar mas
tudo o que escrevo vive
um erotismo que gravita
em torno dum prazer solto

o poema só espera a poesia
para a deixar enterrar-se
toda nele até ao Fim.!.

a exclamação os encanta
e cantando cantam-se...

deixo-os a catar-se :)

F(im self)

À espera de logo, vou agora escrever um conto, se escrever conto… (escrevi)
Tem comentário em JANEIRO 2007 Dia 5
...*
Continuação para conto erótico 2007
...
*
Dia 5
Daqui poderá passar à "teoria literária”"duma mini-crónica poética a "teorizar" o encontro dum poema com a sua poesia, donde poderá passar a um "texto erótico"; na verdade, "conto erótico 2007", para matar saudades.
poesia-acto ~> conto erótico 2007

II
conto erótico 2007 (texto erótico)
Uma mulher da vida quer dar prazer e “ganhar o seu”...
Fodorova também assim devia ser, mas quem iria pensar nisso? Eu pensei, mas como eu há outros que querem conversar primeiro...
Foi à casa de banho e voltou de roupão:
 Temos a noite toda, declarou.
Fiquei a olhar para ela, sentada de lado sobre as pernas, meia de joelhos num de dois sofás junto duma mesa baixa. Tinha pedido uma garrafa de espumoso à chegada, chegava agora com uma taça de amêndoas.
 Tinha-me esquecido do champanhe! Sorriu :)
 É "meio-doce", gostas?
 Dizem que o "bruto" é o melhor, mas eu gosto dele mais doce, "doce" ou "meio-doce".
Não sabia do que me podia apetecer falar, estava estranho.
 Não te importas que beba a sentir a tua companhia, sem me preocupar em "fazer conversa"?
 Vamos beber, quando acabares, talvez não te importes de me dar colo? Se quiseres que eu fale?... Não te deixarei distrair a pensar, mas às vezes pensar não é o melhor descanso. A maior parte dos homens descansa deixando-nos falar, o que é uma atitude interessante para quem fala pagando na mesma moeda, falando para se fazer companhia. Nós mulheres acabamos por ter mais necessidade de companhia, parte do tempo é passado à espera... à espera de... sem esperar nada de especial, o regresso do caçador com a caça? Hoje o instinto já não é a mesma coisa, também as mulheres se tornaram "racionais".
Curioso como tu não sabendo nada de mim, nada parece querer saber. Deve chegar-te uma ideia de mim: puta, mulher da vida, qualquer coisa deste género! Calou-se.
 Desculpa, tens razão. Estás a ser "racional", sorri e olhei para ela. Tinha estado a olhar para a cama enquanto ela falava, realmente distraído. Sobretudo distraído com o facto da estar a ouvir e não me ocorrer qualquer ideia, talvez esta. "Tudo o que diz faz sentido, vai continuar ou cala-se? Quando se calar será para ficar à espera que fale? Como, até onde ou quando ou como de novo, irá continuar?" Isto deve ter sido muito rápido, pois ouvi tudo que ela disse e agora registo.
Tenho o papel que escrevi no bar, fiquei do passar. Agora apeteceu-me outra coisa, mostrar como me lembro da nossa noite de hoje.
Hoje vamos jantar em casa dela. Ao deixá-la ler o que estou a pensar, volto ao problema de ontem. Quem sabe é um "problema" de sempre, eu pouco penso, gosto mais de ter ideias e deixá-las gerar ou seguir... ideias. Já não é de hoje, às vezes brinco, misturando o fundo com a forma, digo ser meio "idiota" explicando desse modo o tipo de imaginação que me faz escrever.
Ainda não falei disso, embalei-te em palavras quando ficámos a descansar, antes de nos querermos "cansar" de novo. Acho que produzi um texto oral semelhante a estas deambulações, onde uma espécie de história parece guardar em si uma escrita. A aparência com que aparece talvez tenha um desejo consciente de se produzir, de SE/se reproduzir...
Gosto de imaginar-me despido e nu, pura linguagem. Não sinto necessidade de me despir mais, a nudez da escrita age com a língua, é Língua. Descrever um linguado, um beijo com língua... Parece-me às vezes descrer desse descrever, como se ele, o escrever, nela escrita, fosse um descrer: não gosto de imaginar que a escrita pode ser fantasia e deste modo, sem grande descrição, sendo mais discreto..., serei mais real, menos fantasista?
Estou à espera de logo.!.

Estamos em JANEIRO 2007/ dia 5
...

III
Fodorova (e o) 69 (conto)
Antes de "fazermos amor", um eufemismo, já tinha pensado que ela não era puta. "Uma senhora na mesa, uma puta na cama"?... Estava à espera da cama, mas sem querer precipitar-me. Acho que inconscientemente não queria ir para a cama, puta ou não puta, como se ela o fosse. Quando comecei a imaginar que o não fosse, deixou de me apetecer conversar, não queria mesmo saber!, queria continuar na dúvida. Perguntei, meio a despropósito ou talvez não...
 Já leste o Kamasutra?
 Já, mais como se fosse um livro ilustrado. Onde me distraí mais com as ilustrações, nele procurando legendas. Só que as legendas é que são o livro; estou a brincar... Sim, já li o Kamasutra. É constituído por sutras, orações para serem meditadas e desenvolvidas na cama? Gosto de pensar que sim.
 Tinhas razão, tomei-te por puta.
 Não desistas! Sorriu :)
Adoro o teu sorriso que te faz covas nas bochechas com imensa graça, pois o teu rosto é esguio mas tem essa particularidade dos rostos mais ovais.
Desculpa as minhas inflexões de escrever para ti e depois escrever para anteontem, antes de te conhecer. Estou agora a dar-te a conhecer este hábito de escrever onde, sou meio anárquico ou completamente :)
Poisei a taça de champanhe, debrucei-me, olhas-te para cima e a tua boca entreabriu-se para as nossas línguas se beijarem como duas enguias num ritual sexual. Posso contar sem qualquer possibilidade de exagero, nunca me tinha acontecido nada de tão bom na vida: esta foi no cravo, agora na ferradura: foi como se o Passado tivesse passado e o Futuro não estivéssemos à espera dele: eras o meu Presente, queria desembrulhar-te com o encantamento duma criança na noite de Natal.
Foi assim até te possuir suada, mesmo se em parte eu a fonte e tu o leito onde me quis rio e juntos amar até saborearmos o sal na nossa pele húmida de prazer, sem horas e perdidos no Tempo! Foi mar_a_vi_lhosa a experiência, uma ascensão espiritual a Lasa no Tibete ou a Meca no coiro lendo um Alcorão profano e profundo a sentir o nosso perfume.!.
Para me redimir, já não acreditava fosses puta, mas também dera conta de te teres lavado quando foste vestir o roupão à casa-de-banho, quis fazer contigo o 69 e foi assim: começámos e a história aqui fica.

Estamos em JANEIRO 2007, comento dia...
...
Se aqui não chegou vindo do "conto erótico 2007"...
...
Vou "armar"... Prometo continuar a história, dando-lhe um começo mas, para ter esse "esforço", tem de haver 1_0 comentários re(a)clamando uma conti_nu_acção. Estou a pensar não me esforçar criativamente ~:)
Este m_eu comentário... vou deixá-lo junto com o texto, caso contrário talvez pudesse pensar que não o tivessem visto, ou seja, não procuro desculpas, cor_ro o risco ~:)

Nota: Fodorova é personagem em "texto erótico" ou "conto"...

Dia 6
PARTES DUM DIÁRIO
Arte seXual

 

Preâmbulo
Vou fazer um preâmbulo, preambulando algumas ideias que me ocorrem e aqui deixo. Não vão ler nenhum original das partes destas “partes dum diário”, (o) original é o todo que não existia antes de aqui o poderem ler.

As partes já as fui dando a ler e podem ser lidas por quem as procurar e compulsar no Recanto..., “Recanto das Letras” onde as fui publicando.
Não me preocupei nada com a originalidade dos textos antes dos publicar, preocupa-me que os textos continuem originais depois de serem conhecidos.
Toda a escrita é feita de desejo e prazer: um prazer imediato, as imediações do acto da leitura/escrita, um desejo transacto que vai/vá além dele.
Preso a estas considerações..., gostaria de dizer que preso a originalidade, fica saber se as minhas pessoais concepções sobre o que ela seja são válidas?
Eu sou um amante da leitura e dos livros, nada me substitui um livro para ler um texto: nem o teatro onde possa ser representado, nem o filme onde possa ser mostrado, acompanhado com música, imagem, representação. Um livro é uma “liberdade livre”, o protótipo da criação na apresentação da palavra. Tê-lo, lê-lo, dizê-lo, escrevê-lo... filo com o maior desvelo.
Dum modo muito vivo/vivido reagi e reajo contra a defesa dos “direitos do autor” negando acesso aos textos, de textos que até estão publicados e à frente dos nossos olhos.
Criei um narrador “meio idiota” para fazer a narração destas “partes”, é como me sinto... Sinto-me bem com o desprendimento com que escrevo e gosto de ler, deixo à vossa leitura o gozo da terem. Se for como o meu, é um Zoo... um prazer animal preso/liberto.
Ao dar a ler textos publicados num espaço onde criei amizade e cumplicidade, gostaria de introduzir cada leitor desta “arte seXual” ao Recanto... a todos deixando as minhas
Recantuais Saudações!!

Arte seXual
A vida sem magia perde toda a riqueza, ser rico é o que sobra e è a maior pobreza, não dá nem tem salvação. O ouro das palavras alimenta-as com coerência de carência, a palavra pode ser barroca, rica de ornatos, ir do violeta ao vermelho e refluir: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta. Magia é conhecimento: primitivo e vital.
Tive a sorte de ser iniciado em criança nesta arte telúrica, rica, sensual: do ser dar, receber e desejar; onde o ter não é tudo, onde o tudo é um nada e, nadar, é verbo da alquimia que funde a confusão e alimenta a fé num obstinado rigor, um rumor da fala, o incêndio dos sentidos no corpo nu do dizer, mesmo em pensamento, mesmo pensamento.
Quando o silêncio mergulha no horizonte desta palavra é para continuar o ciclo do dia na noite, a magia branca e negra, secreta até manar das manhãs da luz difusa que antecede o amanhecer e se desfaz nas cores como um verniz baço, translúcido, brilhante... onde a onda anda e navegamos os nossos corpos até aos ossos, até à erecção do falo na fala.!.
Mana leite das mamas erguidas túrgidas como tágides, ninfas do Tejo, acompanhando os navegadores na partida do Cais dos Descobrimentos até às Índias de índias com especiarias no sangue quente, alimento da poesia do poeta profeta desta profecia de alcançar a poesia nua, LuaR
«O nosso nome está escrito em todas as coisas», R
Cada um devia conhecer a sua letra, cor, pedra, elemento: Ar, Água, Terra ou Fogo, fazendo a quadratura do círculo no rodar dos dias pelas horas de sessenta minutos, cem, mil, cem mil... a minha cor - é o azul, mergulho no horizonte entre céu e mar, o Verbo é Amar: amar é ver... verso, cada um, um universo!
O sexo, feminino, aberto - seXual - entre o sentido e o significado, entregue ao fluir dos fluidos, Passado, Presente e Futuro da Arte: uma viagem conhecida no desconhecido.

Dia 7
conversa com a imaginação
Acordei cedo, algo me acordou? O Quê? Ok! O Quê.
O Quê, ainda tem um nome mais completo que eu? O Quê, pessoa? O Quê, a imaginação! Acordei porque ando cheio de imaginação? Bom, bem... Vou-me deixar ficar narrador sem usar radar para captar a imaginação, o autor que pense. Eu sei que as coisas não funcionam assim, o meu papel é mais importante que esperar que o autor pense.
- O quê, qual?
Foi mesmo a imaginação a acordar-me! Ainda por cima, não aparece como pessoa, surge como... imaginação? Vou perguntar:
- O... Quê, quem és tu?
- Sou a imaginação do autor.
- Quem é o autor?
- Estás sempre a falar nele e não sabes quem é?
- Para mim és tu, a imaginação dele, mas nunca fomos apresentados!
- Imagina uma história, não me chames Quê, nem respondas OK?
- Eu sou o R, o Raio-que-o-parta, o Rato MyKey, o Raul, etc... Tu és Autorização: imaginação do autor?...
- Pronto!... Já te deixo em paz, desculpa se estás convencido que fui eu quem te acordou!?
- Com tanta falta de imaginação, por certo não foi/foste?
- Fui!...
- Isto tanto pode ser à brasileiro/a a dizer que já foi embora, como a dizer que sim,terá sido. Se foi, já não é... Estou Radical!...
- Um R Radical; fica Bem!...
- Afinal foi, acordou-me, deixá-la ir: imaginação masculina, pouco simpática!
Talvez nem tanto?, não foi antipática. O que um narrador quer é mesmo uma imaginação, dando-se por personagem, o melhor mesmo é que exista um outro, o autor. Penso-o como sendo quem escreveu com véu, velando a sua presença, deixando palavras por assinar. Como por exemplo:

SEX_T_ILHA


as palavras são a cama
onde adormeço a sonhar
acordar nos teus olhos
sentindo a tua língua esta
partilha da nossa pele
onde a escrevo para Mim

Isto foi escrito pelo autor. Se não lhe conhecia a imaginação, também não posso dizer que a tenha ficado a conhecer, existe. Nada que surpreenda, falei com ela ou imaginei falar? Falei, agora falo dela, mas não há mais nada a dizer. Assim como nada há a dizer do autor, heterónimo do Assim, é o que sei.
Acho que acordei para fazer uma história para a sextilha, não ficou nada sex. Faltou-lhe Y, o desenho em letra da Mim.
Sinto-me um narrador que ainda não dormiu tudo, é tudo: chega de conversa com a imaginação, fui.
R

* Um narrador é sempre autor de tudo ou nada: na minha última leitura estava sem inspiração nenhuma, vamos ver se esta me sai melhor. Atenção e... Acção! Conto oral... a escrita começa aqui:

 

vários autores e um conto


Alguém já leu, adormeceu, acordou e continuou a ler até ficar com tanto sono que acorda e continua a dormir? É uma péssima experiência, sobretudo SE/se esqueceu pelo meio de... comer? Não esquecer: poesia é alimento, esquecendo o alimento, lá se vai a poesia.
Não, a história não é linear, ainda estou a tentar contar como começa. Acabamos por não conseguir acordar, é a sonolência. Da sonolência ao pesadelo, depende: pode demorar muito ou pouco. No meu caso foi pouco, o pesadelo só deu para o começo.
Acontece que, «o que custa é começar», há um ditado que diz isto. Como bom narrador, respeitador das fontes, com costela de historiador, estou à espera que o autor da história se manifeste criador, crítico, chato... Não esperei pela demora, cá temos a con_ti_nu_ação: o verdadeiro começo.
Por aqui já talvez torne mais credível a ideia do pesadelo, ficar com chatos! Pois é, apareceram vários autores para este conto. Todos a quererem dar-se a conhecer e eu a pensar numa história de zombis para os poder receber, ouvir e contar a todos: acordei a transpirar...
No meio da confusão havia uma autora: - Fodorova, uma ova!... Foi a candidata a autor que achei mais interessante e consistente: - Fodorova uma ova!... Era a apresentação e conclusão; captou-me a atenção! Este narrador gosta de autor que o ponha em evidência, pareceu-me o caso.
Ora, a Fodorova?... Um narrador é um contador de histórias profissional, passa a vida a contá-las e tem das inventar, caso contrário cai na monotonia e deixa de ser um bom narrador. A Fodorova já é minha conhecida como personagem, será que apareceu perdida no pesadelo?
Acreditem ou não, um chato/chata a dizer - Fodorova, uma ova!... É estilo tortura chinesa, um pensamento mais torto que cabelo de vulva encaracolada. É uma grade... Uma grade de cervejas vazia, você cheio de sede, cara.
Cara, mesmo deitado balançando na rede, com sede, a coisa fica... (pentelheira) preta!
Os narradores às vezes fazem destes parênteses, este deu para abrir um parágrafo. Não é tanto para acrescentar alguma coisa à história, é para ver se você, leitor, não adormece... Cara, acorda!?
Acordei pensado: - Fodorova, Fodorova, ..., uma ova! Chata!! Injustiça, a moça tem um peito, nem vou contar... Já comecei a mostrar o peito dela e veio um despeitado dizer cobras e coriscos, corro o risco? Talvez Sim, talvez Não? Lembra, eu disse só lembrar do começo e já vou aqui...
...
Pronto, cheguei ao Fim.
Você seguiu a ligação? Viu o peito da Fodorova?? Leu o despeitado???... Não? Se não leu, tem de ir ao Índice e seguir a “narrativa erótica”. Se achar que aquela pentelheira é loira, sei, mostrei seios... Sei lá?, é encontrar (perigoso dizer procurar...)*


Assim nado...
Antes de encontrar os peitos da Fodorova, fui direito ao Índice, deixo o Índice completo. Cara... pode entreter-se a procurar o peito da Fodorova, para o caso de ter ficado... curioso/a?
Gostou da leitura? Me conta viu...

ÍNDICE
1 - primeiro texto
http://www.recantodasletras.com.br/cartas/273378
2 - tomando forma
http://www.recantodasletras.com.br/cartas/275217
3 - nu espaço-tempo
http://www.recantodasletras.com.br/cartas/275993
4 - árvore sem folhas... 
http://www.recantodasletras.com.br/cartas/277430
5 - a estrutura
http://www.recantodasletras.com.br/cartas/278772
6 - resposta a email
http://www.recantodasletras.com.br/cartas/279911
7 - Corta!
http://www.recantodasletras.com.br/cartas/280145

8 - duetos


http://www.recantodasletras.com.br/cartas/281407
9 - conto psicadélico


http://www.recantodasletras.com.br/contosinsolitos/282019
10 - conto erótico 1


http://www.recantodasletras.com.br/cartas/281999
11 - canto de canteiro
http://www.recantodasletras.com.br/cartas/283481
12 - comentários & comentário
http://www.recantodasletras.com.br/cartas/283761
13 - "sono pesado"


http://www.recantodasletras.com.br/cartas/287879
14 - correspondência pessoal
http://www.recantodasletras.com.br/cartas/287879
15 - a Celeste


http://www.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=288462
16 - a ideia


http://www.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=289047
17 - Solidariedade 
http://www.recantodasletras.com.br/cartas/289481
18 - revelação
http://www.recantodasletras.com.br/cartas/290556


19 - ébrio o brio
http://www.recantodasletras.com.br/cartas/292463
20 - carta a pessoa


http://www.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=293399
21 - pois foi...


http://www.recantodasletras.com.br/cartas/294214


22 - texto_s erótico_s
http://www.recantodasletras.com.br/cartas/295592
23 - estado da arte
http://www.recantodasletras.com.br/cartas/295084
Tenha uma boa semana, eu volto para a próxima.
Ah! Descobri o que já sabia, a narração é deZero erótica mas mais embrulhada que pentelheira... preta!!

Dia 8
Foi ontem

Dia 9
É hoje. Acabo de publicar 6 e 7, os dias do fim-de-semana.
Perderam-se os travessões nos diálogos do dia 5
Estou mesmo a pensar voltar às leituras, voltarei com leituras de texto para ontem, hoje e é o a ver vamos…
Acho que vou procurar os peitos da Fodorova, se não for o único, serei o primeiro!
Deve estar a ficar cheio este ficheiro, deve ser uma boa opção tentar os áudio.
Saudações Recantuais!!
Francisco Coimbra
Enviado por Francisco Coimbra em 03/01/2007
Reeditado em 31/01/2007
Código do texto: T334763