Todos nascemos poetas,
Tal como nascemos seres humanos.
Mas a vida traça-nos destinos
Que parecem ir além das nossas forças,
Além dos nossos limites.
E o poeta que existem em nós distancia-se:
Ou foge, ou adormece, ou morre.
Mas um dia,
Sem que nada o pareça justificar,
Esse ser estranho
Que fugiu, adormeceu ou morreu,
Respira fundo e renasce para a vida.
E então, escudado pelas forças vitais,
Adquire a energia que já nada pode deter.
A sua pena,
Não mais parará de escrever palavras
Com aromas de rosas encantadas;
O seu coração,
Não mais parará de bater,
Ao compasso da música cósmica;
E a sua alma, finalmente liberta,
Não mais deixará de crescer
Rumo ao seu Destino!