Ao sentir em meu peito arder a chama
Do amor enorme que por ti eu tenho,
De mim mesmo, no âmago me embrenho,
Pois que meu corpo e alma ele inflama.
E nos meus versos, encantado, venho
Narrar a felicidade de quem ama,
A qual, em verdade, se autoproclama,
No olhar, onde ela imprime seu desenho.
Porque, de mim, o todo foi mudado,
Quando me deste o amor que ora descrevo,
Como a tornar em luz as próprias trevas...
E assim me amando ao bem maior me levas
De ter a paz, o dom do mor enlevo,
Por, tão somente, ser apaixonado.
Obrigado, Edir, pela linda interação.
ENLEVO
Esta chama que arde dentro em mim,
É puro amor, sincero sentimento,
É minha paz, meu terno e doce alento,
Eterna luz que nunca chega ao fim...
Das trevas mais profundas venho assim
Com teu amor renasço, me avivento,
Não sinto mais tristeza, nem tormento,
Porque feliz eu sou contigo assim.
Morreram em mim as dores, tolas mágoas...
E agora sinto só ternura e enlevo,
Tu és meu céu e lua, meu luar!
E assim te amando venço minhas fráguas,
E n?alma tua meu poema inscrevo
E sou feliz por tanto assim te amar!
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)