Encruzilhada Prismática

A maçã embala.

Aperta o pescoço,

De velho e podre rosto

Com veneno da manhã.

O lixo e os esgotos

De um ser descabeçado

Que possui todo o nojo,

Rebola, com quadris avantajados.

Como olhar em meu destino

Pendurado em antigas vigas

Penetrado por fadiga

De uma velha esfarrapada

É o cisco de um porco

Como o mato que cresceu

É a vida, retalho torto

De um estranho que morreu.

Ah! Mas quando o arroto

Desceu do meu peito

E lutou por desgosto

Atirei as mãos pra cima

Em sinal de respeito.