CANTATA DA ÍNDIA

Publicado por: FRASSINO MACHADO
Data: 28/11/2011

Créditos

«Cantata da Índia», poema composto e recitado por Frassino Machado. Com o objectivo de um concurso para a Expo 98 de Lisboa, destinado a alunos do Secundário, foi premiado com a apresentação na própria Expo. Em conjunto com mais seis canções este Poema chamado de "Cantata da Índia" foi interpretado e gravado posteriormente por uma Turma do 11º Ano H, reforçando desta forma o programa e a aprendizagem da disciplina de História. Frassino Machado

CANTATA DA ÍNDIA

Poema de

Frassino Machado

I

O desconhecido e o Mar tenebroso,

A curiosidade, a coragem e a teimosia!

Condicionantes, fraquezas e bloqueios!

Este é o Mar, esta é a Aventura!

Incentivos? Onde estão? Quem os tem?

A revelação comporta este combate:

Quinze anos, quinze anos, quinze anos!

Aqui está a chave que abrirá para sempre

A consagração do herói!

II

As armas e os lídimos barões,

As barreiras que urge abater,

Eis a era dos mártires que chegou

Eis o destino que acerta a hora!

Na austeridade e no rigor,

Na confrontação e na lucidez,

Nasceu do Infante o sonho

Que trouxe no seu bojo audaz

O bastião do Império!

III

A alma prenhe de negócio

Brilhou na estrela de Suão

E confrontou-se do Zaire ao Sueste

Na batalha de Capricórnio.

E uma onda patriótica,

De antes quebrar que torcer,

Abriu nas linhas da concórdia

Uma estrada resplandecente

De Boa Esperança!

IV

Do alto da Torre de Babel

A vaga extasiante dos alísios

Fez nascer, qual cavalo de Tróia,

A Índia ali tão perto …

Mas o destino foi cruel,

Que a árvore das patacas,

Pela aurora do Novo Mundo,

Mostrou ao castelhano herói

Que assim o Rei vai nu!

V

Ode fica a Índia? Onde fica a Índia?

Eis ali o ciclo de Centauro

Que esventrou, nas malhas da traição,

A razão demolidora do Fogo.

O feliz El-Dourado escancarou-se

Ao Lusitano Hércules.

Lá estava a hidra de Calecut

Que ornada de pimenta, qual sereia,

Vomitou o fel da vingança!

VI

Era uma vez uma menina

Que, nascida na floresta à beira-mar,

Se transformou em Rainha Encantada,

Qual jóia de cintilante Reino.

Partiu de Sagres – Lusa Argos –

Em busca do Velo de oiro,

E, sulcando Oceanos,

A misteriosa Nau

Virou Excalibur incansável.

E eis-nos por fim à sua frente:

A ÍNDIA!

F I M

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 28/11/2011
Reeditado em 28/11/2011
Código do texto: T3361443
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