Prantos Secos

Paixão,

desgoverna minha alma

enfureça minha sensatez,

quero de tudo a calma

e florescer outra vez.

Quero,

noites sábias

sem repúdio ou ira.

Enquanto

uma alma forte

no meu peito delira.

Prestem atenção.

Visão que cega,

razão que fragiliza,

quero amar o amor dos mares

revoltos e abertos.

Quero

mergulhar todos os males e medos

e seus becos,

na amplidão dos desertos,

com seus prantos secos.

Quero

ouvir seu coração

todos seus sins e nãos seus

olhar nos olhos meus

antes de dizer porque,

adeus.

São Paulo 10/09/2009

Delurdes Moraes