Meu amigo Diogo o cego,
É sabido como quê
Canta de improviso,
É só da o mote prá ver,
Ele dedilhar a viola,
Fazer versos que dá gosto de se ver.
Sem nunca ter ido a escola,
É poeta nato e perverso
Mordaz e nos seus versos
Arranja que comer.
Certo dia lhe falaram :
Vá no do brejo, que lá é
Lugar de ganhar dinheiro,
La na festa da luz,
É só pegar a viola
Falar de DEUS E JESUS,
Não esquecendo de exaltar
A nossa SENHORA DA LUZ.
Ele virou para mim e disse,