Naquela (presente) manhã

Naquela (presente) manhã

Olhos que se abrem, expectados

Esses, de um porvir, do querer (-te)...

Soluço que abranda as mágoas

Essas, as que nem deviam existir...

Corpo que se amolda ao colchão vazio

Aquele, o que me acolhia na solidão...

Cabelo desalinhado, olheiras exaustas

Esse, a essas emoldurando a dor...

Mãos que me tocam o ventre

Esse, o que tanto amor tutelou

E lábios, enfim, sorrindo soltos

Esses, os que deram meus beijos

que tocaram (-te) a pele, enleados...

... naquela manhã.

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 23/09/2017
Reeditado em 29/04/2019
Código do texto: T6122930
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