Na ebulição fria da palavra e na agonia dos pés acelerados
— que batem mais vagarosos do que os meus versos fracos
e do que os relógios deste antidiário. Os gelos das escápulas
estalam quase tão agudos quanto o ametista da madrugada
profunda por dentro da vértebra da coluna e da selfie barata
do poema imerso entre as câmaras amplíssimas das vísceras
e a misteriosa gênese aleatória da imagem oriunda da usina
escondida, feito se fosse as sete cores da luz longe do prisma
que refrata a linguagem indigente e sem sobrenome ainda...
Farejo o vitríolo dos dragões e a sombra da besta enfurecida
da boca marrom da galhada e do assovio contralto da harpia.
— A ardósia musgo do morro muda seu tom quando chovida.