O Sertão

 

A chuva veio lenta,

nem chegou a molhar.

Mal caia no chão,

começava a evaporar.

O ar estava pesado, difícil de respirar!

O corpo já cansado começava a fraquejar!

Não ficava nem suado, nem conseguia chorar!

Só pensava na água, que teimava não chegar!

A pele estava secando, já começando a rachar!

As plantas lá da horta,

iniciava a murchar...

A noite veio chegando,

e eu comecei a rezar!

Pedi ao Deus do céu, p

ra água ele mandar...

E depois da minha prece,

começou a trovejar!

As nuvens se formaram,

desta vez pra desaguar!

Pra trazer vida de novo,

e pro sertão virar um mar.

 

Luiz Carlos