Sonda do tempo

Prezado pelo amor do tempo

Tendo todo ele neste calço

Nos termos do engaço do templo

E já tempo neste percalço

Com passos apressados, pois os refaço,

Eu me esmeio em desaperto sem espaço

Digam deles, de sua voz inaudível

Dos passos que ilidem surgidos descalços

No que para do tempo, pretexto anda

No deguste do passado de ciranda

Do aço presente, eis meu presenteado

Da forja do templo desbastado

Agora o que o pretérito fez de precatado

Após erguido num chanfalho empenado?

É um douro de meu novo forte conjeturo

À gama que cintila ao tempo futuro.