Halos no jardim

Seja ela a prosa do verão oprimido na ausência,

Ou o rachar da chuva que medonha insulta o seco

As reservas de seu fluxo transpassam a primavera

Brotam sob a insípida sarja atmosférica

Brotam símbolos, brotam sândalos, brota chão e sandálias em mim

Brotam imos, brotam hemácias, quase vejo serafins

Naquele canto brota, como brota no canto belezas

Belezas de jardins.

Seja ela o próximo verão tardio em iminência,

Ou o rachar do seco que insulta a chuva e seu fado

Malogrando as terras como fumo e combustão

Fazendo brotar fumaça. Fumaça e dispersão.

Seja ela a eminência e o remanescer da tarde após tudo

Ou o dilatar das pupilas abertas ao mundo e seu atado

Valendo-se da chuva e dos raios que caem sem fim,

Prima ver a refração em halos no jardim.