A leviandade com que abres as coxas

A leviandade com que abres as coxas

Aflora e reluz tua linda clava

A mansidão de ovelhas mochas

Tão espetada que a alargava

Ah, metida mais doce da vida

Tiro te gritos sem nada dizer

Em pegas te amasso toda estendida

Deixo te contorcer deleitando em prazer.

Rouba-me o tempo, mas não o pão

Leva-me a ilusão, mas não a vida

Aproveita-te do meu corpo em vão.

Entre os céus e o mar, apenas vento

Jamais tristeza, julgamento ou lamento

Procure me sem pensar antes do firmamento.