Nasci num belo recanto da zona fisiográfica do sertão do Baixo Jaguaribe: Sítio Papa, município de Alto Santo – Ceará. Guardo desse lugar a ternura da infância e a lembrança do mais profundo respeito que se devotava à natureza. Nas profundezas de minha alma dormita uma criança dócil, mas a vida, enrijecendo-me a têmpera, às vezes torna-me estressado e acre, num deserto de indecisão, pressa e incerteza. Felizmente na aridez desse deserto, Deus, diligente e bondosamente, colocou o oásis da poesia, onde eu procuro refugiar-me. Minha família constitui as pilastras inabaláveis nas quais eu me apoio: nos momentos alegres, são meus incentivadores e nos momentos tristes, ombros que consolam. Meu amigo-irmão Fernando Antônio Cavalcante Queiroz costuma repetir que “se o besouro entendesse de aerodinâmica, não voaria, pois o corpo é pesado e as asas são frágeis”. Analogamente, sou oriundo de uma família humilde, todavia, prometi a mim mesmo que jamais tropeçaria nos meus limites. Assim, indiferente aos percalços do caminho, publiquei dois livros (“Alto Santo de Ontem e de Hoje” e “Sonhos e Emoções”), concluí um curso superior (Administração de Empresas), obtive o primeiro lugar num concurso de poesia na Faculdade Integrada da Grande Fortaleza, tenho um livro pronto para publicação e dois em andamento; conquistei uma vaga na Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará (Almece), onde ocupo a cadeira de número 55. Eu agradeço ao Grande Arquiteto pelas mãos que escrevem meus poemas: as Mãos Divinas que me inspiram, minhas próprias mãos e as mãos daqueles que me incentivam e me ajudam a continuar e dos que me criticam ou são indiferentes e me ajudam a refletir. Considero Castro Alves o maior poeta brasileiro de todos os tempos. Um beijo no coração de todos os que fazem o Recanto das Letras.
