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Perfil

     Não tenho nenhuma inclinação para o mal, mas alguns vícios, e, às vezes, penso em me internar na clínica da alma para submeter-me às drogas da poesia, onde o sonho dê as mãos à transcendência. Sou dependente das poderosas drogas da sensibilidade - drogas escassas e raras no glamour das luzes. Como o chão me falta e o sonho me acalenta, injeto nas veias a droga da utopia, que também me faz levitar, abrir as portas da percepção.
  Quase não uso palavras de raiva e de dor,mas "a mão que toca o violão se for preciso, faz a guerra".Sempre tive pavor das relações superficiais,onde o homem come o homem e vende a alma, e Drácula, soberanamente, dissemina o seu vampirismo.
  Meu corpo pede vida, água pura da fonte: depende de afeto, justiça, paz, liberdade, amor que liberdade, fraternidade e Deus.

                  Roberto Gonçalves
                       Escritor