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"Difícil fazer-se conhecer, estando, simultaneamente, conhecendo a si mesma".
Tempos atrás, alguém observou "que não domino a escrita". É possível razão.
Mas, confesso: Não quero dominá-la, e sim ser dominada por ela.
Se, talvez, denote ego exacerbado, em verdade, vos digo: nada tem a ver comigo, é sempre a influência de um poeta amigo.
Escrevo em impulsos, e como tal não tento contê-los. Mas, há uma preocupação no pipocar das simples palavras...Faço até malabarismo, pra não sofrer rejeição, em algumas caídas no chão.
Reluto, ante palavras coladas, mas sendo meu cenário natural "preto no branco", sorrateio algumas coloridas, para que alegrem com estampa.
E quando me vem as efêmeras, sopradas como bolinhas de sabão, me atento a registrá-las num flash, para relembrá-las na forma, para que não se percam no instante do coração.
Assim como extravasou a Pessoa do Fernando "sei que nada sou". Mas, se nada serei, não sei...risos.
Valeu, mais para mim, por me ouvir um pouco... 



Lembra de mim?

O perfil é o mesmo, só mudou a foto, na tentativa de reencontrar em fios de meada alguns amigos perdidos...
Os jovens não se lembrarão desse marketing de certo produto para a beleza dos cabelos, em que a propagandista assim dizia, após passado algum tempo, do uso : “
Lembra de minha voz? Continua a mesma, mas os meus cabelos como estão diferentes”. Fazendo antagonismo, digo:
Lembra de meus cabelos? Continuam mais ou menos os mesmos, mas a minha voz como está diferente”. Hoje, consigp “soltá-la nas estradas”, mesmo em que algumas jogando palavras ao vento... mas, o que imposta, de fato, é conseguir soltá-la, mesmo em que momentos “passando por matas escuras”, porém, sempre “tocando em frente”, mesmo que com “passos de formiga”, folha por folha às pequenas costas...Também, falando um pouco mais de mim, sinto-me assim” “a moça feia na janela sonhadora, nem tão moça nem tão feia, que sempre “que a banda passa pensa que toca pra ela”...

24.05.2021


Se sentir gôsto ao me ler, volte sempre, minh'alma é um livro aberto. Mas não me prejulgue sem me conhecer, às vêzes, o meu imaginário infere... De quando em quando, eu mesma me pergunto: - quem sou eu?! E volta e meia, ouço sussurros... E atenta, me aguço a perguntar: - quem está aí?...
Mui caro amigo: Bem vindo à uma certa ilha, que identificam como Solidão. Tal e qual a ilha, somos náufragos sobreviventes. Nos encontros, somos como se “achados”, tábuas de salvação, esforçamdo-se por manterem vistas suas superfícies... porém as faces verdadeiras, num todo, encontram-se submersas. Se nos aprofundarmos, parte, às claras, vê-se sob águas rasas e cristalinas...