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QUEM SOU EU

O que mais eu pergunto é: QUEM SOU EU?
Mas pergunto e ninguém... ninguém responde;
Sei que o jovem que fui envelheceu
E perdeu a resposta nem sei onde.

Se sabia, coitado, se esqueceu...
E, se lembra quem sou, não diz: esconde;
Eu agora só sei que eu sou eu
E estou indo nem sei mesmo pra onde...

Sei de mim tanta coisa, que me irrito
E me sinto confuso e num conflito
pelo bem que faz mal ao bom que é ruim...

Quem sabia de mim já me perdeu;
Quem me tem sequer sabe quem sou eu
E quem sou nada sabe sobre mim!

São Paulo, 15/12/2006 - 21h12



Sou natural de Cruzeiro do Oeste, no norte do Paraná. Leitor ávido desde a infância, ensaiei as primeiras escritas muito cedo e assinei meu primeiro soneto aos 16 anos.
Trabalhei em jornal, rádio, órgãos públicos e empreendimentos próprios; transitei pela mídia, marketing e consultoria. E, por onde andei, a palavra foi o elemento crucial.
Exijo de mim porque me incomoda o desleixo: não me permitiria assinar a obra sabendo-a incompleta ou que traga, como tem se tornado comum por aí, erros grosseiros e termos inapropriados ao contexto.
Mas também me perdôo quase sempre que sou tentado por construções inteiramente coloquiais. E constantemente me entrego às delícias da fala simples, da fala fácil, da fala de todos.
Mesmo assim, nunca negocio a lapidação da forma, do estilo e do conteúdo. Sou artesão da palavra e minha obra é arte; se não a quero tratada com desleixo por ninguém, então tenho que ser o primeiro a tratá-la com o merecido valor.
Assim vou me escandindo, revisando e me reescrevendo a cada palavra — publicável ou não.