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Pensava que a poesia era "arte inerte nos livros poeirentos", uma espécie de prima pobre das outras artes e, por isso mesmo, ser poeta seria mais um "ser gauche na vida", como escreveu Carlos Drummond de Andrade, do que propriamente motivo de orgulho. Não sei, digam-me da vossa justiça.
Gostei de ler desde as primeiras letras. Minhas viagens foram de La Fontaine à literatura de cordel, e tudo o mais que me caísse nas mãos.
Aos dez anos, encontrei as primeiras rimas, continuei exercitando a escrita e a concentração, o ato de pensar que a antecede. O exercício da escrita tem me ajudado desde sempre na resolução de conflitos interiores e no autoconhecimento.
Hoje em dia, não persigo a rima nem a métrica, mas o ritmo das palavras, a musicalidade. Prefiro o texto curto, que não cansa, desde que bem resolvido.
Os poemas que vos apresento aqui pertencem a fases diferentes da minha vida e, como é óbvio, foram escritos na medida da minha percepção mas não são, de todo, autobiográficos.
Grata pela leitura.