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Eu sou como a brisa, leve, suave, inconstante
Que se deixa levar como um sonho
Criando formas inesperadas
Despertando sentimentos nunca vistos
Alegrando e entristecendo
Encantando e confundindo
Apaixonando e desesperando
Se fazendo amar e desiludindo
Porque ninguém possui a brisa ou guarda seu rastro
Mas, quem me amar,
deverá apenas apreciar o meu perfume
e dele se embriagar.
Esta será a melhor e a única forma de me possuir.


Auto-retrato, 2001