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O poeta das armas intrépidas

Sou o poeta das madrugadas inexistentes
Das poesias jamais escritas
Dos sentimentos jamais sentidos.
Sou o poeta da guerra dos destinos
Com o que restou da minha alma.

Sou poeta dos batimentos descompassados
Aqueles que esperam a terra prometida
Onde moram as poesias de amor,
Onde cresci e virei ator.

Respiro o frio e trasmito o calor
Das minhas rimas de papel queimado
Nas chamas do amor sagrado
Na morte do rancor pelo amor.

Sou o soldado das palavras
O guerreiro das armas intrépidas
louváveis sombras do passado requentado.
Sou o poeta das palavras perdidas
Fardadas com um uniforme blindado.

Mais uma vez todos me ouviram
Ouviram-me no mais baixo dos subterrâneos
Das profundesas e chamas infernais.
Os mares rugidores e os astros voadores
Ouviram-me dos vulcões as tempestades vazias
O céu parou e os anjos cessaram o canto.
Pois mais uma vez na Terra
Um poeta escrevia uma poesia.

Thiago Rodrigues