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Três anos se passaram, desde que descobri a escrita de Jannerson Xavier, na poesia "A última Lágrima", quando a convite de seu pai, ele a publicou em meu site. Há época ele tinha apenas 16 anos e impressionou-me a profundidade sua escrita. Não foi sem razão o despertar do meu olhar, diante das palavras que já floresciam a fragrância indelével do talento que brotava de suas mãos.

Percorrer o horizonte das palavras deste jovem escritor é fazer o olhar deparar-se com as paisagens mais surpreendentes da emoção. Sua escrita é inquietante, perturbadora mesmo! É como se o pulsar de cada palavra gritasse aos nossos corações no abraço mais esperado, revelando um universo intenso de constatações vívidas ao qaual cada um de nós, em algum grau, pertence.

A escrita de Jannerson Xavier reflete um mundo habitado pela inquietude que tão bem caracteriza àqueles que fazem da palavra, bálsamo e açoite. Um universo onde a palavra é também silêncio e solidão, maturando reflexões que alçam nossa alma, propiciando interatividade e cumplicidade na medida em que nos causa a sensação de que os nossos olhos falam o mesmo idioma das mãos do autor.

Nos caminhos da emoção deste precoce escritor, há passos que revelam a busca, quando a palavra ainda não basta para o transbordar da inspiração que deságua em seu peito. É prazeroso descobrir os hiatos entre uma expressão e outra do autor, quando o silêncio se confessa, acolhendo o desnudar da palavra que virá.

Jannerson Xavier é catarinenese e tem em suas marcas pelo mundo, a genética literária que apenas confirma que há algo de hereditário no mistério do talento: Ele é filho do também escritor J.B. Xavier!


Fernanda Guimarães