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Perfil

Não sou poeta!
Apenas organizo as palavras
e as escrevo dentro de um formato
que torna agradável a sua leitura.

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Nasci na Fazenda Santo Antonio município de Itagimirim, nas imediações do lugarejo União Baiana, Bahia no ano de 1971. No ano de 1983 mudei para Belo Horizonte para alfabetizar-me, morando na capital mineira por um ano e retornando para o interior do Estado próximo ao meu torrão no ano seguinte, na cidade de Salto da Divisa no Vale do Jequitinhonha.
Comecei a ter contato com a cultura popular da cidade em 1985, deixando-me influenciar por ela, vindo a ser no mesmo ano, membro de grupos culturais folclóricos de Bumba meu Boi, Cordão de Cabocos, Grupo de Espada e freguentador assíduo de roda de contadores de causos.
Tive meu primeiro contato com as artes cênicas em setembro de 1985, por ocasião das festividades cívicas realizadas na escola, quando interpretei o imperador Dom Pedro I - com direito a cavalo e percurso pelas vias históricas da cidade. Nasceu ali, no meu coração, o sentimento pela arte de representar.
Em novembro do mesmo ano ingressei no grupo de teatro da cidade formado pela mocidade do grupo de Perseverança da igreja católica. Com o grupo ensaiei minha primeira peça – O Palácio dos Urubus.
No ano seguinte, juntamente com o grupo criei o jornal A voz dos Jovens, composto de 15 páginas, com edição semanal e rodado no mimeografe da Casa Paroquial. O jornal era vendido avulso – 100 exemplares no início. O dinheiro arrecadado era revertido para projetos culturais do grupo, junto à comunidade.
Com o fim do jornal, devido às pressões políticas da força dominante da cidade no regime do coronelismo – sim, naquele ano, naquela região ainda existia isso – o grupo começou a desvincular-se da igreja tomando uma posição mais defensiva e de protesto ao sistema que ali imperava.
No início de 1987, fomos convidados a parar com nossos trabalhos devido o grau de denuncia que começamos a fazer. Como resposta Escrevi a peça Foices Quebradas que veio a ser uma pedra no calcanhar dos fazendeiros. Contamos com o apoio do Padre Hans, grande defensor de causas sociais, que acabou sendo transferido da cidade a pedido da elite.
Com a chegada do novo padre – Valdir - perdemos forças. Alguns membros desistiram, outros se mudaram e o grupo acabou desenvolvendo outros gêneros de trabalhos. O sistema político da cidade foi modificando também. As velhas raposas foram aposentando, falecendo, e os filhos e netos já não tinham mais o mesmo carrancismo. Com a decadência do sistema de Curral – termo usado para designar a política praticada ali, estava começando a nossa liberdade de expressão.
Com o fim do grupo de Perseverança, o grupo de teatro passou a se chamar Candeias. Antes era Grupo Jovem Teatral. Ainda em 1987, embrenhamos pelo
mundo da comédia, ensaiando a peça Um caipira na Cidade Grande. Com esta peça, viajamos para algumas cidades em caminhonetas, para fazer apresentações, participar de eventos e arrecadar fundos para outros projetos.
Nesta época, o Brasil estava embalado pelo sucesso dos programas cômicos de televisão A praça é Nossa do SBT (TVS) e A Praça Brasil da Bandeirantes. Inspirado nos modelos dos programas criei em dezembro do ano corrente, numa viagem feita aqui em São Paulo, a Praça 2000, com onze personagens.
Foi o maior sucesso do grupo. Fizemos várias viagens e muitas portas nos foram abertas, inclusive para Festivales – evento cultural realizado naquela região.
Ganhamos notoriedade e apoio da Prefeitura e da Secretaria de cultura, que me enviaram para um curso rápido de teatro na cidade de Rubim, por ocasião de um evento chamado Festiminas a realizar-se ali. Foi o meu primeiro contato com um profissional de teatro - os teatrólogos Roosevelt Ayola e Alexandre Rangel, ambos autores e diretores de teatro em Belo Horizonte. Pela primeira vez tive o reconhecimento das mídias da região e o apoio da elite que nos combatiam.
Paralelo às peças de trabalho – Um Caipira na Cidade Grande e a Praça 2000, escrevi, dirigi e atuei em algumas peças especialmente criadas para datas comemorativas. A primeira foi Abolição, apresentada no pátio do colégio, com direito a carros e bois, a República, apresentada em frente da prefeitura – e Crianças sem Esperanças nas festividades de outubro.
Incentivado por professores, amigos e admiradores do meu trabalho, no ano de 1990 vir embora para São Paulo, a fim de aperfeiçoar e dar continuidade à minha carreira no teatro. Enfrentei as dificuldades previstas e as não imaginadas. No mês de abril, comecei a trabalhar numa empresa relacionada a espetáculos e logo em seguida comecei meu primeiro curso de teatro no espaço da produtora de filmes nacionais Platéia Filmes do Brasil tendo como professores o Francisco Cavalcante, Maurício Cavalcante e o José Mojica – o Zé do Caixão e também o hilário Pedro de Lara . Fiz em seguida Mazzarope e Macunaíma.
Montei na escola um grupo de teatro também por nome de Candeias. Escrevi a peça Um Provinciano em Sampa – comédia escachada; Filhos de Ninguém – drama sobre meninos de rua; Ópera dos Palhaços – comédia; Com mulher de Bigode não há quem pode – comédia; Amigos, amigos, mas a Mariana à parte – comédia e o monólogo Ka-Minhante. Estes trabalhos foram realizados num período de aproximadamente sete anos. Trabalhei junto às casas de cultura de Santo Amaro – CACE, Casa Amarela e M´Boi Mirim implantando o Projeto Rap, Cantigas de Roda, Atores Mirins e realização de Gincanas Culturais nas periferias. Criamos pólos teatrais na região de Santo Amaro, desenvolvemos trabalhos junto às comunidades carentes de alguns bairros, em Associações de Bairros, realizamos trabalhos com Moradores de rua, atuamos e incentivamos culturas urbanas junto aos jovens de algumas escolas de periferia, iniciamos outros ao mundo das artes cênicas através de aulas gratuitas realizadas nas escolas e no nosso espaço, onde realizávamos nossos ensaios.
Nesse período participamos de amostras de teatro por São Paulo afora, apresentamos em escolas, faculdades, espaços culturais, casas de culturas e em alguns teatros da capital. Tivemos apoio do Jornal Zona Sul News e outros veículos de comunicação.
Fui aluno do renomado ator/diretor Renato Borghi, ensaiando com ele a peça Toda nudez será castigada de Nelson Rodrigues e Édipo Rei.
Também fiz teatro de rua, teatro de arena e de improvisação.
Meio a tudo isso, lancei no ano de 1992 o meu primeiro livro de poesias com tiragem de 1000 exemplares pela editora Edicon – todos vendidos. Depois de um longo período, lancei em agosto do ano passado – 2008 – na Bienal do livro de são Paulo, o livro Focos e Flashes com sucesso satisfatório de aceitação e vendas. Este livro foi prefaciado pela minha maior incentivadora, professora Iraíldes. Conto hoje com leitores do Brasil inteiro, através do meu site e de outros sites onde posto meus trabalhos. Estarei nas Bienais do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte e em outras feiras de outros Estados.
O livro Focos e Flashes é composto de poesias e pensamentos.
Hoje estou voltado para a escrita de livros de poesias, Romances, Peças de Teatro e alguns contos. Conto com o apoio de algumas entidades culturais, onde divulgo o meu trabalho e os veículos de promoção da Editora pela qual saiu meu livro.