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Estou amadurecendo a idéia. Por que nos tornamos complicados? Lembro-me de mil vezes escrever em cadernos chamados "Disparates", nos quais respondíamos a diversas indiscretas perguntas. Adorava fazê-lo. No entanto, estou aqui neste presente sem delinear meu perfil. Vou dar-me um tempo.



Bem,o tempo correu depois que que escrevi isto em 2006. Hoje,prefiro "dizer-me" a vocês com um poema, inspiração antiga,porém atualizadamente ainda EU.

PRESÍDIO

Sou minha própria carcereira.
Prendo-me em cela vil e úmida,
De onde se exala fétido ar de fracasso.
De fora, fico a olhar-me prisioneira,
Sem deixar que use mais que aquele espaço.
Tenho a chave de minha cela,
Posto que sou carcereira de mim.
Não me liberto apenas
Porque também pago uma pena:
Ver-me pagar esta pena até o fim.