"Alimentada pela imaginação, sem temer a verdade ou a presença de ignorância. Movida pelo único propósito de criar... Criar a liberdade surreal, o destino não perfeito, ou apenas criar, seja qual coisa for..."

Recebo títulos, construo sonhos, divido histórias, reuno contos, transpasso barreiras, escondo atrás de muros, mantenho fontes, destruo lembranças. Meu nome não convém, minha arte é ultrajante, minha voz é timbre de guerra, minha paz perdeu-se em seus meios.

Sou aquela que não existe, sou aquela que me escrevo, me descrevo, me renovo e me imortalizo.

Sou a sombra da palmeira, o canto do lagarto, sou a beleza, sou a força e sou a liberdade.

Podes me amar, mas também me odiará. Não importa o quão se aprofundou de mim, a quantidade da minha alma que você desvendou, eu sempre serei um segredo, serei um mistério.

Tenho muitos nomes, sou frases escritas em um pergaminho grosso. Mas sou beleza em seus olhos, poesia em seus ouvidos, sou vento em seu rosto, calor em seus pés. Sou a vida e a morte, sou eu, simples e pura tinta de nanquim em um papel alvo, desenhando formas, escrevendo verdades e meia.

Sou desenho, sou poema, sou arte.

Eu sou aquela que está ao seu lado, que te segue escondida, eu sou um camaleão que esconde a face e o sentimento. Sou da cor que quer me pintar. E se me pintar, não esqueça meus cabelos brancos.