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Meu nome é Adonisvaldo CORDEIRO de Souza nasci na zona rural de ITIÚBA (BA), logo, um caatingueiro. Mas, metido a poeta. E por que? Porque aos quatro anos já sabia ler (e na roça!), façanha que devo ao professor RAIMUNDO SOUZA, meu avô e MESTRE. Que era cego, mas tinha o dom de alfabetizar. Nunca estudei, digo, nunca frequentei uma escola, mas lia muito. Lia cordel (que eu e todos da roça gostava), jornais, revistas (que chegavam da capital pelas mãos de Robério Azeredo)... como eu disse meu avô, era professor e fera em redação, cartas em especial. Ele, por ser cego, apenas redigia e eu escrevia. E de tanto escrever o que ele redigia, aprendi um pouco e quando ensaiei minhas primeiras redações ele incentivou, aplaudiu e isso foi um estímulo para que eu continuasse e tomasse gosto pelo ofício da escrita. O único fato a lamentar é não ter podido continuar com os estudos. Creio que se tivesse continuado, seria um grande escritor. Mas mesmo sendo quase analfabeto decidi que queria ir além das cartas. Consultei o professor Caio Porfírio Carneiro, que me deu algumas orientações e me indicou a poetisa Eunice Arruda (de quem sou grande admirador), que me deu algumas orientações, depois o professor José Carlos Santos, de quem sou amigo, André Carneiro e tantos outros me ajudaram a ir aos poucos, desenvolvendo o trabalho da escrita. Finalmente a professora Elisabeth Cury, com muita paciência, foi me mostrando como tornar-se escritor. Não consegui ainda, mas também ainda não desisti.