Carmen Miranda, a Brazilian Bombshell
 
Em 1909, em Portugal, nasceu Maria do Carmo Miranda da Cunha. Veio para o Brasil com os pais, com dois anos de idade, indo morar no Rio de Janeiro. Sua família levava uma vida modesta, pois seu pai tinha uma pequena barbearia com um seu conterrâneo. Estudou na escola Santa Teresa, mas dificuldades financeiras levaram-na a começar suas atividades profissionais ainda bem cedo.
 
Em 1923, com 14 anos, foi trabalhar numa loja de gravatas e depois numa chapelaria. Contam que foi despedida por passar o tempo cantando. No entanto, seu biógrafo Ruy Castro diz que ela cantava por influência de sua irmã mais velha, Olinda, para atrair clientes.
 
Em 1926, sua família se surpreendeu ao ver publicada sua foto na revista Selecta, confirmando que seu maior desejo era ser artista
 
Em 1928, conheceu Josué de Barros, compositor e violonista. Ele a convidou para participar de um festival beneficente e mais tarde a levou para o rádio.
 
Em 1929, gravou seu primeiro disco com composições de Josué de Castro: o samba Não Vá Simbora e o choro Se o Samba é Moda.

 Em 1930, estourou com a marchinha de carnaval Pra Você Gostar de Mim (Taí), de Joubert de Carvalho, que vendeu 36.000 cópias, batendo recordes de venda. Desde então, gravou vários discos, brilhando nos carnavais, foi estrela de cinco filmes, trabalhou em dupla com sua irmã Aurora, realizou turnês pelo Uruguai e pela Argentina e fez parte da história do lendário Cassino da Urca.
 
Em 1938, no Cassino, usou pela primeira vez o traje de baiana estilizado com balangandãs e turbantes, que a celebrizou em todo o mundo. Foi lá também que conheceu o empresário norte-americano Lee Shubert, que a levou para os Estados Unidos.
 
Em 1939, foi para os EUA, com o Bando da Lua, desconhecida e sem falar inglês, onde, por 15 anos, fez grande sucesso. Em pouco tempo, fez participações em programas de grande audiência, cantando músicas, como Mamãe Eu Quero, Tico-tico no Fubá, O Que É Que a Baiana Tem? e South American Way.
 
Em 1940, apresentou-se na Casa Branca para o presidente Franklin Roosevelt. Neste mesmo ano, veio ao Brasil. Aqui a população a recebeu com euforia, mas o público do Cassino da Urca tratou-a com indiferença e frieza. Arrasada, Carmen encomendou uma música sobre a situação e gravou Disseram que Voltei Americanizada (V. Paiva/ L. Peixoto). Então, voltou para os EUA e radicou-se em Beverly Hills, seguindo sua carreira de cantora e atriz de cinema e televisão. 


 


Em 1941, assinou contrato para atuar em Hollywood. Trabalhou em Uma Noite no Rio (1941) e em mais 12 filmes, tornando-se um fenômeno também nos EUA. Ficou conhecida como a Brazilian Bombshell. Chegou a ser a segunda estrela mais bem paga de Hollywood. Suas mãos ficaram registradas na Calçada da Fama, em Los Angeles.
 
Em 1954, devido às pressões da indústria do entretenimento, teve uma crise de nervos e veio ao Brasil para se tratar e descansar.
 
Em 1955, Voltou para Beverly Hills. Em agosto, passou mal em um programa de televisão, teve um colapso cardíaco e morreu. Tinha apenas 46 anos de idade. Seu corpo foi embalsamado e veio de avião para o Brasil, sendo velado na Câmara Municipal do Rio de Janeiro e sepultado no cemitério São João Batista. Uma multidão de um milhão de pessoas seguiu o cortejo de seu enterro.
 
Como veio muito pequena para o Brasil, ficou conhecida como cantora brasileira, tornando-se de nacionalidade luso-brasileira. É até hoje a cantora brasileira que mais fez sucesso no exterior
 
Carmem foi a primeira cantora a fechar um contrato profissional com uma rádio. Até então, os artistas recebiam apenas pagamentos por suas participações em programas.
 
Mas sua vida não foi só de felicidades. Carmem Miranda teve um casamento fracassado. Seu marido a lançou como a Pequena Notável, fase em que ela se envolveu com álcool e cigarro, dos quais ficou dependente.
 
Carmen continuou sendo sempre lembrada por meio de shows e discos, homenagens, filmes, documentários sobre sua vida (como o premiado Banana Is My Business, de Helena Solberg) e o Museu Carmen Miranda, no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, onde seu acervo está preservado.
 
 
Referências
http://biografias.netsaber.com.br/ver_biografia_c_1372.html
http://www.cliquemusic.com.br/artistas/carmen-miranda.asp
http://www.brasilescola.com/biografia/carmem-miranda.htm
http://www.letras.com.br/biografia/carmen-miranda

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