JOGO DOS SETE - Em dia de aniversário

JOGO DOS SETE

{Em dia do meu 52º aniversário, respondo ao desafio de Cida Rios}

Meio brincar – mas muito a sério – eis um texto genuinaMente autobiográfico.

1 – SETE OBJETIVOS PARA REALIZAR ANTES DE IR DESTA PARA MELHOR:

1 - Chegar aos noventa com saúde e força no viagra (perdão), força na verga;

2 - Escrever pelo menos um best-seller, ou dois ou vinte – ou nenhum…;

3 - Que a minha palavra escrita ilumine e alimente muitos corações (acho que este deve ser o objectivo primordial de quem se entrega à escrita);

4 - Ver os meus dois filhos com a vida estabilizada – cada vez mais difícil, neste país devorador de sonhos.

5 - Fazer amizade com muitos ser humanos – e com alguns extraterrestres;

6 - Gostaria que a justiça funcionasse de maneira igual para todos, independentemente de credos e estatutos – a hipocrisia é uma das chagas da humanidade;

7 - Que o povo possa ver o seu nível de vida nivelado por cima.

2 – SETE EXPRESSÕES QUE COSTUMO PRONUNCIAR:

(Não sou de muitas conversas, mas lá vai)

1 - Vai ver se chove!

2 - Vai ver se estou acolá!

3 - Vai dar banho ao cão!

4 - Deixa-me com a minha paz e fica com a tua guerra!

5 - Olha a minha cara de preocupado!

6 - Claro que acredito em ti, mentiroso!

7 - Só me apetece é trepar paredes!

3 – SETE ATIVIDADES QUE FAÇO CONVENIENTEMENTE:

1 - Criar arte com as palavras – poesia e prosa;

2 - Podar árvores de fruto – aprendi sozinho;

3 - Cozinhar petiscos grelhados ou então em azeite na frigideira;

4 - Sou apreciador de caça aos coelhos e perdizes – só aprecio caça em que sejam utilizados cães pois a caça sem cães é como a pesca (há que ter em consideração que os portugueses possuem um ancestral instinto cinegético);

5 - Gosto de fazer e de beber “água-pé” (um subproduto do vinho que por norma costuma ter 6 graus alcoólicos e que é muito agradável para os dias quentes de Agosto e Setembro);

6 – Gosto de jardinar, onde me safo de forma apreciável;

7 – Gosto de jogos de cartas, sobretudo o jogo de “sueca” onde já ganhei vários torneios – embora ultimamente esteja um pouco afastado, sobretudo devido ao vício da escrita.

4 – SETE QUALIDADES (para mim o item mais difícil):

1 - Digo sempre a verdade, de tal modo que já tive constrangimentos por não saber disfarçar o embaraço em tentar contornar algumas inverdades;

2 - Sou responsável e assíduo àquilo a que me dedique;

3 - Sou suficientemente honesto mas me considerar uma pessoa confiável;

4 - Sou um sonhador consciente dos limites do razoável;

5 - Sou romântico com a percepção de que nem sempre existem finais felizes;

6 - Possuo uma imaginação muito fértil, o que para escrever é algo fundamental.

7 – Embora nem sempre presente, sou fiel às minhas amizades.

5 – SETE DEFEITOS MEUS (acho que tenho muitos mais):

1 - Detesto conduzir e não aprecio desportos automóveis;

2 - Por vezes confio em demasia nas pessoas(infelizmente é um defeito;

3 - Por vezes deixo para amanhã o que devia fazer hoje;

4 - Sou muito impulsivo e nervoso e nem sempre me controlo;

5 - Tenho o vício da caça (sim! tenho a noção de que é um gosto e em simultâneo um defeito – curiosamente nunca apresentei nenhum texto sobre este tema);

6 - Não sei como disfarçar a antipatia que sinto por algumas pessoas;

7 - Detesto comida que leve cebola ou coelho e pizzas.

6 – SETE GOSTO ESPECIAIS:

1 - Gosto de ler livros de Aventuras, Ficção Científica, género Fantástico e boa Poesia; 2 - Gosto de escrever textos, procurando dar-lhes o máximo de originalidade;

3 - Gosto de praticar e assistir a futsal, embora ultimamente não o faça devido a problemas de saúde;

4 - Gosto de ler as biografias daqueles que vou ler para assim ter uma melhor noção daquilo que leio e onde o autor consegue ou não chegar – lógico que quem não coloca nada no seu perfil me pode deixar um pouco às escuras;

5 - Gosto de comer sem pressas, sobretudo pratos de Bacalhau e de grelhados;

6 - Gosto de assistir na TV a grandes eventos desportivos;

7 - Gosto de ver filmes e séries antigas e da música dos anos oitenta.

OS MEUS SETE INTENS ESPECIAIS NA LITERATURA:

1 - As primeiras influências que colhi na literatura foram nos contos de fadas e na BD (gibis) que devorava já antes dos 12 anos;

na prosa Emílio Salgari teve influência primordial – ele que foi o criador da personagem “Sandokan” entre outros e que talvez hoje em dia não seja um autor muito divulgado;

foi por essa época que aprendi a reconhecer os bons autores de faroeste com Louis L’Amour e Frank Gouber à cabeça (também curiosamente nunca publiquei nenhum texto deste género);

Por esse tempo, ia muito ao cinema e, como não havia muita escolha, assistia a todo o género de fitas, quase todas de péssima qualidade – claro que com o tempo vamos moldando o nosso sentido crítico e hoje sou incapaz de ler certos livros ou de assistir a determinados filmes.

2 - Já depois dos vinte anos fui fixando a minha atenção nas temáticas que hoje em dia me são caras: Primeiro a Ficção Científica e o Fantástico e só depois a Poesia – neste momento não me imagino a fugir muito deste quadrante.

Edgar Allan Poe, que apenas conhecia pelos contos de terror, foi um dos tais autores de referência;

Outro foi Robert Heilen que me marcou, primeiro que nada, pela sua obra cujo título em Portugal é “Um estranho numa terra estranha” escrito em 1961 e que esteve na origem do movimento beatnik nos anos sessenta nos Estados Unidos da América – mas claro, esta foi apenas uma das suas inúmeras obras adaptadas ao cinema;

Outro autor de referência e reverência foi Ray Bradbury, falecido o ano passado, e cujo livro “Crónicas Marcianas” tenho sempre à mão - também Bradbury teve vários prémios e livros adaptados ao cinema; Philip Dick é outro autor ao qual o cinema recorre: quem não se recorda de Blade Runner, por exemplo?!...

E de Arthur C. Clark de “2001 odisseia no espaço?!... De Robert Silverberh, de Frederic Brown, de Isaac Asimov, de Carl Sagan, de Robert Bloch, de Lovecraft, de Matheson, e de muitos outros a justificarem a atenção dos apreciadores deste género.

3 – Existem autores universais que aprecio e confesso que as primeiras influências na poesia surgiram com os portugueses Bocage, Camões, Florbela Espanca, António Nobre, Mário de Sá Carneiro, António Aleixo, Ary dos Santos (entre outros) mas sobretudo Fernando Pessoa.

Só mais tarde apareceram alguns que já conhecia como Vinicius e Drummond e outros (com a preciosa ajuda do Recanto) que foram surgindo como Clarice Lispector, Quintana, Cecília Meireles, entre os brasileiros;

Pablo Neruda, fui conhecendo pelo que lia na net e pelos livros que entretanto comprei; Edgar Allan Poe, já conhecia da prosa, mas ignorava que também era poeta; Witman fui conhecendo um pouco através da influência que a sua poesia tinha tido na de Pessoa; outros poetas universais me interessam mas não os tenho aprofundado muito, umas vezes por falta de oportunidade, outras por que não pretendo que a sua escrita influencie o meu estilo – uma questão de princípios.

4 – É notório que tenho apostado mais na poesia que na prosa, pois entendo que precisava trilhar este caminho, uma vez que a poesia tem-me levado a descobrir riquezas interiores que precisava (e preciso) lapidar para que também na prosa possa extrair algo mais de mim, que de outro modo não seria possível.

Para ganhar o balanço necessário na poesia, aprendi logo ao princípio a categoria mais difícil – o soneto clássico – e tendo esta controlada, todas as outras temáticas se tornam acessíveis.

No campo da prosa, estou apostado em escrever contos, de preferência curtos ou minimalistas pois apresentam um desafio que se enquadra com o meu perfil.

5 – Aqueles que de algum modo têm acompanhado o meu processo criativo, certamente têm assistido a um crescendo quer na qualidade, quer no trato com outros autores – pelo menos é assim que acredito que esteja a acontecer.

Além do mais, alguns textos iniciais foram meros exercícios de experimentação em que não dei tudo aquilo que estava ao meu alcance – algo que tenho vindo a corrigir nos últimos textos que apresentei e em que tenho sido mais cuidadoso.

6 – Por falar em experimentação, devo destacar o contacto com novas categorias, quer na prosa, quer na poesia e destas existem algumas que justificam a minha atenção, como são os casos dos textos minimalistas: Haicai, poetrix e micro-conto.

Sinceramente não vejo nessas tentativas de novas categorias ultimamente tão em voga no site, grande viabilidade – embora enalteça a coragem de todos aqueles que procuram inovar.

7 – Por tudo o que disse, devo enaltecer – para ser justo e correto – o papel que site “Recanto das Letras tem tido na minha pessoa enquanto autor.

Já tentei e ainda continuo, embora pouco ativo, noutros sites mas sinceramente não é a mesma coisa – observo autores que leio e comento, responderem ao comentário na sua própria página, não tendo sequer a curiosidade ou simpatia de perceber quem é aquela pessoa que os visitou.

Um bem-haja aos criadores, autores e leitores do Recanto das Letras!

Saudações cordiais deste vosso Amigo

Abílio Henriques

Por ser norma deste tipo de texto, devo pedir a algumas pessoas deste site que respondam ao desafio – e tantos nomes me passam pela cabeça – e correndo o risco de algum deles já o ter feito anteriormente - escolho estes sete autores:

Joaquim Monks

Kathleen Lessa

João Adolfo Guerreiro

Inezteves,

Leila Marinho Lage,

Edgardo Xavier,

Roseane ferreira

10.04.2013, Henricabilio

HENRICABILIO
Enviado por HENRICABILIO em 10/04/2013
Reeditado em 23/09/2013
Código do texto: T4234217
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