MODERNISMO - OSWALD DE ANDRADE

OSWALD DE ANDRADE

JOSÉ OSWALD DE SOUZA ANDRADE

* 1890 – São Paulo

+ 1954 – São Paulo

VIDA

1919 – forma-se num curso jurídico

1911 – funda um semanário combativo e humanístico – O Pirralho - primeiros exercícios escritos.

1911-1912 – primeira viagem à Europa.

Preparador do Modernismo nos anos que precederam a Semana de Arte Moderna, sugerindo a ruptura com velhos padrões, estimulando a rebeldia estética, agitando o meio no sentido de uma mudança cujos rumos não esclarecia, embora o sentisse indispensável.

1920 – encontra Mário de Andrade que era o tipo de artista moderno que buscava e o revelou ao público, abrindo a luta.

1922 – publica Os Condenados, primeiro romance da Série Trilogia do Exílio. O Estilo ainda é elaborado e a estética ainda lembra D’Anunzio e Oscar Wilde, mas já manifesta:

- a técnica sincopada

- composição por pequenos blocos

- o senso da elipse

- o dom da anotação rápida

- o poder metafórico

Bases dos seus dois grandes livros modernistas: Memórias Sentimentais de João Miramar (1924), escrito desde 1916 e Serafim Ponte Grande (terminado em 1927).

1924 – nova viagem à Europa, de onde lança o movimento nativista Pau-Brasil, com manifesto e um livro de poemas do mesmo nome. Nesse livro busca interpretação lírica do seu país, através de poesia reduzida ao essencial, despojada de artifício, cujo efeito está na força sugestiva das palavras.

1927 – publica o segundo volume da Trilogia Estrela de Absinto, escrito antes de 1922, enquanto o último – Escada Vermelha - só aparecerá em 1934.

1927 – Primeiro Caderno do Aluno de Poesia – a pesquisa incorpora a dimensão psicológica, mantendo a força humorística

1927 cerca de – lança o Movimento Antropofágico e funda a Revista Antropofagia, em que leva às últimas conseqüências a atitude do Manifesto Pau-Brasil.

O Movimento representa reação contra a fatalidade do primeiro branco aportado e dominando diplomaticamente as matas selvagens.

1930 – após a revolução assume posição esquerdista militante, a qual conservará, com mais intensidade e com modificações até o fim da vida.

1937 – nos anos que precederam o golpe de Estado de 1937 participa ativamente da luta operária e antifascista, como redator do Jornal O Homem Livre.

1943 – 1946 – publica dois volumes da série não terminada de Marco Zero – em que faz uma análise da sociedade burguesa de São Paulo depois da crise econômica de 1930.

Na última fase de sua vida, escreve as memórias e aprofunda certos temas ligados à sua teoria antropofágica como: a crise do patriarcalismo, o messianismo, a função das utopias.

1945 – obtém em concurso a Livre Docência de Literatura Brasileira na Universidade de São Paulo.

OBRAS

ROMANCES

1922 – Os Condenados – estilo elaborado prenunciando características futuras

1924 – Memórias Sentimentais de João Miramar – sobre dados pessoais – primeiras experiências

1927 – Estrela de Absinto – segundo volume da trilogia

1933 – Serafim Ponte Grande

1934 – A Escada Vermelha – último volume da trilogia

1941 – Os Condenados – reunião dos três livros que formam a Trilogia do Exílio, com o título do primeiro livro.

1943 – Marco Zero – A Revolução Melancólica - análise da sociedade burguesa de São Paulo após crise de 1930

1946 – Marco Zero II – Chão

POESIA

1925 – Pau Brasil

1927 – Primeiro Caderno de Poesia do Aluno Oswald de Andrade

1945 – Poesias Reunidas

Cântico dos Cânticos para Flauta e Violão

TEATRO

1934 - O Homem e o Carvalho

1934 – A Morta e O Rei da Vela

ENSAIOS

1945(?) – Ponta de Lança

1945 – A Arcádia e a Inconfidência

1950 – A Crise da Filosofia Messiânica

1966 – a Marcha das Utopias

MEMÓRIAS

Um Homem sem Profissão

Sob as Ordens de Mamãe – apenas uma parte

CARACTERÍSTICAS

1 – participação pessoal em São Paulo

2 – poeta e ficcionista, anárquico, anti-acadêmico – viveu o escândalo pelo prazer de escandalizar (Wilson Martins)

3 – na poesia criou dentro do movimento a corrente primitivista, cujo programa poético era:

- desembaraçar a poesia do pedantismo da cultura (“dos cipós das metrificações”)

- “exprimir a alegria da ignorância que se descobre”

- volta ao que é “bárbaro e nosso”

4 – Oswald de Andrade foi um dos maiores ensaístas e panfletários da nossa literatura, com rara capacidade de tornar sugestiva a idéia, pela violência corrosiva das afirmações, o humorismo e o fulgor dos tropos

5 – na obra criadora mostrou a importância das experiências semânticas e o relevo que a palavra adquire quando manipulada com o duplo apoio da imagem surpreendente e da sintaxe descarnada

6 – quebrou as barreiras entre poesia e prosa, atingindo uma espécie de fonte comum da linguagem artística

7 – sua importância histórica de renovador e agitador foi decisiva para a formação da nossa literatura contemporânea

8 - Oswald de Andrade é cronologicamente o primeiro ficcionista do Modernismo Brasileiro

9 – Memórias Sentimentais de João Miramar é o seu segundo livro, em que faz a primeira experiência de prosa modernista, rompendo as barreiras com a poesia e narrando num estilo alusivo e elíptico. Ensaia novos e ousados recursos técnicos e da linguagem, rompendo com a prosa tradicional.

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