Abão de Fleury

Abão de Fleury (em latim: Abbo Floriacensis), também conhecido por Abbon ou Santo Abbo (Orleães, ca. 945 - La Réole, 13 de novembro de 1004) foi um monge, e mais tarde abade, do mosteiro beneditino de Fleury sur Loire (a atual Saint-Benoît-sur-Loire) próximo de Orleães, França.

Abão nasceu perto de Orleães e foi educado em Paris e Reims, dedicando-se à Filosofia, Matemática e Astronomia. Passou dois anos (986-987) na Inglaterra, a maior parte do tempo no recém fundado mosteiro de Ramsey, auxiliando o arcebispo Osvaldo de York na restauração do sistema monástico. Foi também abade e diretor da escola do recém criado mosteiro, de 986 a 987.

Abão retornou a Fleury em 988, onde foi escolhido para ser o abade de Fleury, após a morte do abade Oilbold. Mas outro monge, que havia assegurado o apoio do rei e de seu filho Roberto, bispo de Orléans, contestou a escolha, e a questão assumiu uma importância nacional. Finalmente, ela foi resolvida em favor de Abão pelo famoso Gerbert de Aurillac (mais tarde Papa Silvestre II). O novo abade foi atuante na política contemporânea: esteve presente no Sínodo de São Basolus (São Basileu), perto de Reims, no qual Arnulfo, arcebispo de Reims foi julgado por traição e deposto, para abrir caminho para Gerbert. Em 996, o rei Roberto II (Roberto, o Pio) enviou-o para Roma para repelir uma ameaça de interdição apostólica contra o seu casamento com Berta da Borgonha. No caminho para Roma, encontrou-se com o Papa Gregório V, que era um fugitivo da cidade da qual o Antipapa João XVI o havia expulsado. Entre o pontífice e o abade criou-se então uma grande estima e afeto. A petição real para a dispensa foi rejeitada. Abão conseguiu trazer a restauração de Arnulfo para a sé de Reims. Foi influente para acalmar a excitação e o medo sobre o fim do mundo que estava generalizado na Europa em 1000.

Em 1004, Abão tentou restaurar a disciplina no mosteiro de La Réole, na Gasconha, através da transferência de alguns dos monges de Fleury para aquela comunidade. Mas o problema aumentou; começou uma luta entre as duas partes e quando Santo Abão tentou separá-los, foi ferido por uma lança. Ele ocultou a ferida e chegou até a sua cela, onde morreu nos braços de seu fiel discípulo Aimoin, que deixou um relato de seus trabalhos e virtudes. Os milagres em seu túmulo logo levaram-no a ser considerado pela Igreja da Gália como uma santo e mártir, embora ele não parece ter sido oficialmente canonizado por Roma. Sua festa é mantida em 13 de novembro.

(Autor não informado)
Enviado por fred albano em 02/10/2017
Código do texto: T6130705
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