JOSEF STALIN.... O ÍDOLO DOS PETISTAS...

Josef Vissariónovitch Stalin, Gori, 18 de dezembro de 1878 — Moscou, 5 de março de 1953) foi secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética e do Comitê Central a partir de 1922 até a sua morte em 1953, sendo assim o líder da União Soviética.

Sob a liderança de Stalin, a União Soviética desempenhou um papel decisivo na derrota da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) e passou a atingir o estatuto de superpotência, após rápida industrialização e melhoras nas condições sociais do povo soviético.

Durante esse período, o país também expandiu seu território para um tamanho semelhante ao do antigo Império Russo.

Apesar dos progressos e avanços conquistados, o regime de Stalin também foi marcado por violações constantes de direitos humanos, massacres, expurgos e execuções extra-judiciais de milhares de pessoas e fome. Estima-se que entre 20 e 60 milhões de pessoas tenham morrido durante seus trinta anos de governo.

Durante o XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, em 1956, o sucessor de Stalin, Nikita Khrushchov, apresentou seu Discurso secreto oficialmente chamado "Do culto à personalidade e suas consequências", a partir do qual iniciou-se um processo de "desestalinização" da União Soviética.

Nascido em uma pequena cabana na cidade georgiana de Gori, filho da costureira Ketevan Geladze (1858-1937) e do sapateiro Besarion Jughashvili (1849 ou 1850 - 1909), o jovem Stalin teve uma infância difícil e infeliz.

Chegou a estudar em um colégio religioso de Tiflis, capital georgiana, para satisfazer os anseios de sua mãe, que queria vê-lo seminarista.

Mas logo acabou enveredando pelas atividades revolucionárias contra o regime tsarista. Na juventude, adotou o nome Koba mas também era conhecido como David, Nijeradze, Chijikov, Ivanovitch e, antes da I Guerra Mundial, mudou seu nome definitivamente para Stalin (homem de aço).

Era portador de deficiências físicas (seu pé esquerdo tinha dois dedos grudados e o braço esquerdo era mais curto que o direito) por este motivo, foi dispensado do serviço militar, não lutando na guerra.

Stalin em 1902.

Cartão de informações sobre Josef Stalin do arquivo da Okhrana de São Petersburgo (c.1911).

Nos anos de 1901 e 1902, tornou-se membro em Tíflis, em comitês de Batumi do POSDR. Em 1901, depois de uma manifestação organizada por ele e reprimida violentamente pelas autoridades, tentou sem sucesso eleger-se líder do já combalido POSDR de Tíflis.

Neste mesmo ano, foi expulso do partido de forma unânime pelos Mencheviques, acusado de caluniador e agente provocador.

Em 1901, Stalin, enquanto na clandestinidade, organizava greves e manifestações, agitando os trabalhadores em Baku nas fábricas de Alexander Mantáshev.

Em 1903, aliou-se a Vladimir Lenin e aos outros Bolcheviques, que planejavam a Revolução Russa.

Entre 1902 e 1913 foi preso seis vezes, fugindo 4 vezes, em 1906 a 1907 supervisionou as desapropriações no Cáucaso. Segundo alguns historiadores organizou assaltos, sendo acusado de participar indiretamente na "expropriação do banco de Tíflis em 1907" na qual 40 pessoas foram mortas, responsavel direto foi o revolucionário Kamó sendo Stalin "Koba" acusado de envolvimento por uma Menchevique Tatiana Vulikh, de acordo com o livro de Simon Sebag Montefiore.

Supostas acusações de Mencheviques indicam que Stalin seria um agente da polícia secreta tsarista (Okhrana), o que explicaria suas várias fugas da prisão. Sob diversos codinomes, trabalharia como agente duplo para o regime tsarista.

Stalin chegou ao posto de secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética entre 1922 e 1953 e, por conseguinte, o chefe de Estado da URSS durante cerca de um quarto de século, transformando o país numa superpotência.

Antes da Revolução Russa de 1917, Stalin era o editor do jornal do partido, o Pravda ("A Verdade"), jornal que foi fundado por Leon Trotsky como uma publicação social-democrata e editado em Viena até o dia 12 de abril de 1912, quando passou a ser editado em São Petersburgo e a sua edição sendo efetivamente controlada por dia por Molotov e Stalin antes de sua prisão em março de 1913.

Stalin teve uma ascensão rápida, tornando-se em novembro de 1922 o Secretário-geral do Comitê Central, um cargo que lhe deu bases para ascender aos mais altos poderes.

Após a morte de Lenin, em 1924, tornou-se a figura dominante da política soviética – embora Lenin o considerasse inapto para um cargo de comando (ver: Testamento de Lenin), ele ignorava a astúcia de Stalin, cujo talento quase inigualável para as alianças políticas lhe rendera tantos aliados quanto inimigos. Seus epítetos eram "Guia Genial dos Povos" e "O Pai dos Povos".

Lênin elogiaria Stalin pela sua obra O Marxismo e o Problema Nacional e Colonial. Nessa obra Stalin estabelecia os fundamentos do programa nacional do Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR), e citava os problemas nacionalistas de conflitos interétnicos, de lutas nacionais e revolucionárias na Rússia da época, e que a Democracia formal ajudava, cujo parlamento era o principal.

De acordo com Alan Bullock, uma discordância com Stalin em qualquer assunto tornava-se não uma questão de oposição política, mas um crime capital, uma prova, ipso facto, de participação em uma conspiração criminosa envolvendo traição e a intenção de derrubar o regime Soviético.

Lenin sofreu um derrame em 1922, forçando-o a semi-aposentadoria em Gorki. Stalin foi visitá-lo diversas vezes, agindo como seu intermediário com o mundo exterior, mas a dupla brigou devido divergências políticas e sua relação deteriorou-se.

Lenin ditou cada vez mais notas depreciativas sobre o comportamento político de Stalin no que se tornaria seu testamento. Ele criticou a visão política de Stalin, as maneiras rudes, o poder excessivo e ambição, e sugeriu que Stalin deveria ser removido do cargo de Secretário Geral.

Durante a semi-aposentadoria de Lenin, Stalin forjou uma aliança com Kamenev e Grigory Zinoviev contra Trotski. Esses aliados impediram o testamento de Lenin de ser lido no XII Congresso do Partido, em abril de 1923.

Lenin morreu de um ataque cardíaco em 21 de janeiro de 1924.

Após a morte de Lenin, uma luta pelo poder começou, que envolveu os sete membros do Politburo:[19] Nikolai Bukharin, Lev Kamenev, Alexei Rykov, Joseph Stalin, Mikhail Tomsky, Leon Trotsky, Grigory Zinoviev.

Novamente, Kamenev e Zinoviev ajudaram a manter o testamento de Lenin de vir a público. A partir daí, as disputas de Stalin com Kamenev e Zinoviev se intensificaram. Trotsky, Kamenev e Zinoviev ficaram cada vez mais isolados, e acabaram sendo expulsos do Comitê Central e, em seguida, do próprio partido.

Kamenev e Zinoviev foram posteriormente readmitido, mas Trotsky foi exilado da União Soviética.