O final da tarde de domingo

O final da tarde de domingo.

Para ser um grande artista tenho que sair da minha zona de conforto, tamanho seria meu desgosto se eu me tornasse tudo àquilo que eu lutei para não ser.

Tanta ficção para se esconder o que é real, pois a realidade é bem distante daquilo que você transmite pela rede social.

Quanta afronta eu recebo diariamente por não ser aquilo que eles querem.

Sonho em me tornar um grande musico, mais será que estou fazendo por merecer?

A vida me cobra atenção e muito esforço para fazer aquilo que não gosto, trabalho chato e monótono que pagas às contas e me da de comer.

Mais um dia cansado que eu perdi de escrever uma bela canção, que falaria das coisas de meu coração, tristezas escondidas e alegrias vividas.

Nesse momento não consigo definir se sou um escritor ou um compositor, mas todo compositor é de fato um escritor, e nem todo escritor já compôs uma canção.

Será possível expressar todos os meus sentimentos através da escrita?

Acredito que a resposta seja não, penso e sinto tantas coisas ao mesmo tempo e tenho variáveis ideias que são esquecidas rapidamente, é o poder da mente, mente que não mente, apenas observa e sente.

Quando comecei a escrever a intenção era a composição de uma canção, mais isso acabou tomando uma proporção que não pude controlar a caneta que não parava de escrever em linhas retas que pareciam estradas por onde a minha imaginação podia viajar. Pude até sentir a brisa que batia em meu rosto, enquanto eu olhava para o horizonte que se abria há minha frente.

Era um final de tarde de um domingo de carnaval, afinal será uma poesia que se desenrola? Não sei dizer...

Apenas me sinto muito bem de poder compartilhar com vocês, talvez seja isso que está faltando em todos nós, o poder de compartilhar tudo aquilo que sentimos.

(Juninho Joey).

Juninho Joey
Enviado por Juninho Joey em 12/02/2018
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