Sidarta Gautama (Buda) nasceu no ano de 560 aC e era filho de um rei do povo Sakhya, que habitava a região da fronteira entre a Índia e o Nepal. Viveu durante o período áureo dos filósofos e num dos períodos espirituais mais incríveis da história; foi contemporâneo de Heráclito, Pitágoras, Zoroastro, Jain Mahavira e Lao-Tsé.

No palácio, a vida de Gautama era cercada de conforto e paz. Casou e teve um filho, mas vivia totalmente protegido de contato com o exterior, por ordem de seu pai. Uma tarde, fugindo dos portões do palácio, o jovem Gautama teve três visões que iriam mudar sua vida. A primeira foi a de um ancião curvado que, não conseguindo andar, apoiava-se num bastão. Na segunda visão, um homem agonizava com dores  terríveis, devido a uma doença interna. Por fim, viu alguém já sem vida, que estava envolvido num sudário de linho branco.

Essas três visões fez com que Sidarta refletisse sobre  a  velhice, a doença e a morte; que significavam as "três marcas da impermanência". Tais aparições o deixaram profundamente abalado. 

De volta ao palácio, Sidarta teve uma quarta visão: a de um Sadhu: um eremita errante cujo rosto irradiava uma  paz produnda e imensa dignidade. Essa última visão o impressionou tanto, que ele decidiu renunciar a sua vida de comodidades, para dedicar-se, enquanto vivesse, a seguir em busca da verdade.

Abandonando o palácio, ele seguiu de início a senda do ascetismo, jejuando até que se convenceu da inutilidade destas práticas, e continuou sua busca. Durante sete anos, estudou junto aos filósofos da região, mas continuava insatisfeito.

Por fim, em uma de suas viagens, chegou a Bodh Gaya, onde encontrou uma enorme figueira e tomou a resolução de não sair de lá até ter alcançado a iluminação. Durante 49 dias, Sidarta permaneceu sentado à sombra da figueira, em profunda meditação. Transcendeu todos os estágios da mente até atingir a Iluminação, um estado de espírito, denominado "Nirvana".

Desde então foi chamado de Buda (o que despertou) ou Shakyamuni (o sábio dos shakyas). Seus ensinamentos nascidos dessa experiência são conhecidos como o Caminho do Meio, ou simplesmente o dharma (a lei). Do momento em que atingiu o nirvana, aos 35 anos de idade, até sua morte, aos oitenta, Buda viajou ininterruptamente por toda a Índia, ensinando e fundando comunidades monásticas.

Buda ensinou o dharma a todos, sem distinção de sexo, idade ou casta social, em seu próprio idioma, um dialeto do nordeste da Índia, evitando o sânscrito empregado pelos hinduístas e eruditos, que era um símbolo de uma casta que não significava sabedoria, pois os brâmanes tinham cargos hereditários.

Costumava recomendar a seus discípulos que ensinassem em suas próprias línguas, de forma que a doutrina foi ficando conhecida em vários países.

Suas últimas palavras foram: “A decadência é inerente a todas as coisas compostas. Vivei fazendo de vós mesmos a vossa ilha, convertendo-vos no vosso refúgio. Trabalhai com diligência para alcançar a vossa Iluminação”.
 
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Foto: "O BIG BUDDA",  estátua em HONG-KONG
Texto postado e revisado para o Recanto das Letras por: Nair Lúcia de Britto.  


Nota: "O Budismo é uma religião e filosofia orientais, fundada por Sidarta Gautama, o Buda,  A Filosofia Budista é guiada pelos ensinamentos de Buda e acredita que o caminho da libertação está na consciência, e que a mesma pode ser alcançada por crenças e práticas espirituais, como a Meditação e o Yoga." 

 
 
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Enviado por Nair Lúcia de Britto em 21/06/2018
Reeditado em 21/06/2018
Código do texto: T6370249
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