Padre Marcos Francisco de Carvalho (1881-1923)

“Nasci aos 02 de junho de 1881, na Fazenda Guaribas, Paróquia de Picos (PI), [atualmente município de São Luís do Piauí] às 10 horas do dia, sendo meus pais Marcos Bispo de Carvalho e Maria Joaquina São José. Meu pai falecido aos 21 de dezembro de 1880 [antes do meu nascimento].

Sou neto paterno de Cristóvão José de Carvalho e de Paulinha da Rocha Carvalho; e materno de Joaquim da Rocha Soares e de Francisca Maria da Conceição.

Sou bisneto paterno de João Fernandes de Carvalho e de Maria Vitória de Carvalho, que são também meus tataravós pelo lado materno, pois meu pai [Marcos Bispo de Carvalho] era irmão de meu avô Joaquim da Rocha Soares.

Fui batizado aos 13 de agosto do mesmo ano pelo Padre Claro Mendes de Carvalho, vigário de Jaicós (PI), no lugar Piranhas [atualmente comunidade rural do município de Alagoinha do Piauí], em casa de meu avô Joaquim da Rocha Soares, sendo meus padrinhos os meus tios maternos Bernardino Ricardino da Rocha e Possidônia Maria de Jesus.

Fui crismado na Igreja Matriz de Nossa de Senhora dos Remédios na cidade de Picos (PI), em 1888, pelo Dom Antônio Mendes Alvarenga, Bispo do Estado do Maranhão, sendo meu padrinho o meu tio materno Leopoldino da Rocha Soares [1869-1934].

Em novembro de 1892, fiz a primeira comunhão, em casa de meu padrasto Antônio Manoel de Souza, sendo celebrante o vigário de Picos, Padre Benedito Portela Lima.

Minha segunda comunhão, aos 29 de agosto de 1895, na Igreja Matriz de Picos, num dia de quarta-feira, com o Frei Reinaldo.

Minha terceira comunhão, aos 24 de junho de 1896, na Igreja Matriz de Picos, com o Cônego Acilino Batista Portela Ferreira, quarta-feira.

Minha quarta comunhão, no dia 07 de fevereiro de 1898, num domingo, em casa do Padre Manoel Florêncio dos Santos.

Minha quinta comunhão, no dia 04 de março de 1898, numa sexta-feira, na Igreja Matriz de Picos, com o Cônego Acilino Batista Portela Ferreira, quarta-feira.

Minha sexta comunhão, no dia 07 de abril de 1898, sexta-feira, com o Padre Manoel Florêncio dos Santos.

Minha sétima comunhão, no dia 06 de maio de 1898, na Igreja Matriz de Valença do Piauí (PI), com o Cônego Acilino Batista Portela Ferreira.

Minha oitava comunhão, aos 02 de setembro de 1898, na Igreja Matriz de Valença, sexta-feira, com o Cônego Acilino Batista Portela Ferreira.

Minha nona comunhão, no dia 04 de novembro de 1898,sexta-feira, na Igreja Matriz de Valença, com o Cônego Acilino Batista Portela Ferreira.

Minha décima comunhão, no dia 18 de dezembro de 1898, domingo, na Igreja de São Benedito, em Valença do Piauí, com o Padre Joaquim Lopes.

Minha décima-primeira comunhão, no dia 07 de janeiro de 1899, na Igreja Matriz de Picos, com o Padre Joaquim Lopes.

Início dos estudos:

Aos 02 de agosto de 1892, entrei pela primeira vez em “Carta de ABC”, aos 13 de março de 1897, saí de casa para Picos, donde, em companhia do Cônego Acilino Batista Ferreira, então vigário de Valença do Piauí e encarregado de Picos, segui para Valença, a fim de começar meus estudos.

Aos 26 de dezembro de 1898, voltei de Valença e segui aos 15 de fevereiro de 1899, para o Seminário de Fortaleza, capital do Ceará, onde matriculei-me no primeiro ano preparatório, aos 23 de março do mesmo, sendo Reitor o Lazarista Padre Júlio Simom e Bispo Diocesano Dom Joaquim José Vieira.

No Seminário de Fortaleza, estive por sete anos, recebendo em 30 de novembro de 1904 a primeira Tonsura. Em começos de fevereiro de 1906, com a vinda do primeiro Bispo do Piauí, Dom Joaquim Antônio de Almeida, transporto-me para Teresina (PI), onde recebi as Ordens Menores, em 18 de novembro do mesmo ano, e as Ordens Maiores: o Subdiaconato aos 25, o Diaconato aos 30 do mesmo mês, e a Ordenação Sacerdotal aos 02 de dezembro de 1906.

No dia da Ordenação, fiz um batizado, e no dia 05 de dezembro comecei a ouvir as primeiras confissões.

Aos 16 de dezembro de 1906, cheguei acompanhado do vigário de Valença e encarregado de Picos, o Cônego Acilino Batista Ferreira. Em Picos, minha terra natal, cantei a minha primeira Missa, aos 18 de dezembro de 1906. O Cônego Acilino Batista Ferreira, Diácono: o Padre Aristeu do Rego Barros; Subdiácono: o Menorista Amâncio Ramos, minha mãe com meu irmão Joaquim Emílio de Carvalho, meu padrasto Antônio Manoel de Souza e filhos de meu padrasto e muitos outros parentes assistiram a minha primeira Missa.

Despesas com estudos

Durante oito anos de estudos gastei nove mil contos e oitenta e cinco reis.

Exercícios Sacerdotais

Tomei posse na Paróquia de Barras (PI) como Coadjutor do Padre Constâncio Boson de Lima, aos 10 de março de 1907, retirado da Paróquia de Barras aos 26 de novembro de 1908, tomei posse na Paroquia de São Raimundo Nonato (PI) por provisão ou provisório de 09 de agosto.

Aos 03 de outubro de 1909, tomei posse na Paroquia de São João do Piauí, ficando encarregado da Paróquia de São Raimundo Nonato, até 29 de junho de 1922, quando dei posse ao Prelado Dom Frei Pedro Pascoal Miguel. [Neste período a Igreja foi ampliada].

Fui nomeado “Cônego” aos 07 de setembro de 1922, primeiro centenário da Independência do Brasil.

Morte do Cônego Marcos Francisco de Carvalho

Faleceu o Cônego Francisco Marcos de Carvalho, aos 09 de julho de 1923, às 11 horas da noite, em uma segunda-feira, [vítima de Tuberculose] sendo sepultado no dia seguinte pela manhã na Matriz de São João do Piauí (PI). Com idade de 42 anos, um mês e sete dias.

Assistiram a morte do Cônego, Frei Francisco, Vigário de São Raimundo Nonato, seu irmão Joaquim Emílio de Carvalho e seu sobrinho Luiz Gonzaga de Carvalho [autor deste texto] e mais muitos paroquianos residentes fora e nesta cidade.

Na missa de sétimo dia foi celebrada pelo [primo legítimo] Padre João Padro de Souza Veloso [1894-1936] e Frei Francisco, estando presente o seu irmão Joaquim Emílio de Carvalho, seus sobrinhos: João Antônio de Souza, Teodoro Antônio de Souza e Luiz Gonzaga de Carvalho, bem como muitos dos seus paroquianos.

Sua pouca vida

Viveu de sua Ordenação: 16 anos, sete meses e sete dias.

Descanse em paz, Padre Marcos Francisco de Carvalho, que nos parentes e amigos ainda contristados guardamos o seu exemplo e a sua gratidão em nossos corações.”

Luiz Gonzaga de Carvalho
Enviado por Jonas Rocha em 18/08/2018
Reeditado em 20/08/2018
Código do texto: T6423010
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